Paredes em Transição
O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.
sábado, 31 de julho de 2010
Construção de um Canteiro de Capilaridade
domingo, 25 de julho de 2010
A Scottish view on transition
I am new to Paredes em Transição, I write mostly in English, mas também posso escrever em Português. Better I avoid it though because of all the horrible errors I will make.
I have so much to say and to contribute! And so little time:(
So first of all, here is a link to a blog post on our little community gathering here in Vale do Minho, which includes a wide network of friends from Southern Galicia (Vigo, Porinno, Covelo, Cangas, etc.).
http://wolfeintransition.blogspot.com/2010/04/power-of-community.html
Before arriving here two years ago I presented a paper on "Peak Oil and the Impact on International Development" to the UK Government "All Party Parliamentary Working Group on Peak Oil and Gas". I have been studying peak oil, climate change, ecological construction, renewable energy and sustainable land use since 2006. Before that I worked for around 15 years in humanitarian emergencies in Bosnia, Africa, Asia and Central America for NGOs and later the UN.
Pedreiro João Camula a fazer o novo muro com granito |
Our aim is to learn how to work with building materials that do not pollute the local or global environment. Natural materials in other words, which offer a more pleasant home to inhabit. But we also want to model the economic impact of these material choices: are they cheaper or not?
How many people know how to work with wood and stone and earth and straw? Will we need to prepare training and education modules for local
people to become aware of these alternatives?
Taking tiles off old house, for re-use on Alambique |
Same tiles, onto alambique roof - made using local wood and breathable membrane material |
Magnus e Monica
sábado, 24 de julho de 2010
Rob Hopkins: Transição para um mundo livre de petróleo
quarta-feira, 21 de julho de 2010
The Story of Cosmetics (2010)
terça-feira, 20 de julho de 2010
Mini-permablitz em Casa da Raquel
domingo, 18 de julho de 2010
Exercício: Paredes em 2030
Gostava que me acompanhassem neste exercício:
Imaginemos que percorremos a Avenida da República (ou outro qualquer local de Paredes) daqui a 20 anos (quando eu estiver quase a fazer 60 anos!). Imaginemos que durante todos estes anos nada fizemos para mudar o curso dos acontecimentos e as coisas não aconteceram, de todo, como esperávamos. É 2030. Sucessivos Governos não nos prepararam em condições para enfrentar o fim dos combustíveis baratos (que acabou por nos bater à porta), e o efeito das alterações climáticas têm-se feito sentir da pior maneira. Dos efeitos da crise do sistema financeiro, então, é melhor nem falar. Ignorámos todos os sinais de alerta que iam aparecendo, e continuámos com as nossas vidinhas como se nada disto fosse connosco. E qual foi o resultado?
2030… Tentemos descobrir o que se passa em Paredes. Em que situação vivemos, qual a origem do sentimento de desânimo que se vê cunhado nas expressões das pessoas que passam… Como é que elas vivem? Como é que se dão entre si? Se conseguíssemos enviar uma mensagem de aviso para nós mesmos em 2010, o que é que diríamos? Onde é que errámos? Pensem nisto…
Voltemos agora ao presente e tratemos de digerir o aviso que nos chegou do futuro.
Viajemos de novo para o futuro, mas desta vez para um futuro onde as coisas correram bem. Imaginemos que percorremos a Avenida da República (ou outro qualquer local de Paredes) em 2030, e o sentimento geral à nossa volta é de um optimismo surpreendente. 20 anos atrás os cidadãos decidiram mobilizar-se para criar um futuro melhor, e as coisas acabaram mesmo por correr melhor do que se esperava. Paredes é uma comunidade em Transição bem sucedida, conseguimos dar resposta aos vários desafios e alterações que se nos foram deparando, e as surpresas agradáveis são muitas.
Imaginemos como é a nossa vida neste futuro desejável. O que se passa à nossa volta? As pessoas parecem felizes, contentes com as suas vidas… qual a origem deste sentimento? Qual a razão principal para as pessoas se sentirem assim?
Como comunidade em Transição bem sucedida, Paredes consegue viver bem com menos combustíveis de origem fóssil. O que mudou? Como se processa a mobilidade de pessoas e bens? Em 2030, como aquecemos as casas no Inverno? Como são os cuidados de saúde? O que se ensina nas escolas? Qual o aspecto da Avenida da República (ou qualquer outro local de Paredes que escolheram para esta viagem ao futuro)? O que se passa nos nossos jardins, hortas e vizinhança? O que aprendemos duramente até chegarmos aqui? O que é que nós próprios fizemos para ajudar a chegarmos a este ponto? Se conseguisse falar comigo mesmo em 2010, que mensagem deixaria que nos pudesse ajudar a preparar de forma positiva às mudanças que nos esperavam?
Regressemos, de novo, ao presente. Tentemos escutar os conselhos e conhecimentos que obtivemos do futuro. Em que é que este cenário difere do futuro negativo que visitámos anteriormente? Tentem ser objectivos e sistemáticos na vossa análise de comparação.
Se o exercício correu como esperado, neste momento todos estaremos de acordo que é essencial que nos mobilizemos para fazer qualquer coisa. JÁ!
Do mesmo modo que cheguei à conclusão que o modo de vida que levamos é manifestamente insustentável, e que, a dada altura terá, forçosamente, que dar de si, com as inconveniências que irremediavelmente trará às nossas vidas, à nossa família e à nossa comunidade, descobri que em alguns pontos do Globo grupos de cidadãos se organizam, ganham influência, agarram a atenção dos media, interagem com o poder local e conseguem levar a água ao seu moinho. Estes grupos, pouco a pouco, estão a conseguir recuperar algum controlo sobre o modo como as coisas se processam na sua comunidade. Estes grupos organizam-se nacionalmente e conseguem, sem um único press release, fazer-se acompanhar pelos media nacionais, fazer com que um Ministro (Ed Miliband, do Reino Unido) aceite o convite que lhe foi feito para participar numa conferência como "Ouvinte" (e não orador), ou que o Ministro que lhe sucedeu tivesse convidado os líderes do movimento para serem consultados no que toca à nova política nacional (do Reino Unido) de energia e combate às alterações climáticas.
Ao contrário da aparição de uma nova fonte de energia limpa que possa substituir o petróleo na escala em que o utilizamos, o que leram acima não é ficção. Aconteceu noutros locais e poderá ser replicado em muitos mais.
Já devem ter-se apercebido que estou a falar do Movimento de Transição.
Ao contrário do movimento ambientalista, que em 40 anos de luta pode contar muito poucas vitórias, o Movimento de Transição, com o seu modo peculiar de evitar recriminações e capitalizar na boa disposição e no enriquecimento pessoal dos intervenientes, desde 2006 que se espalha pelo mundo como rastilho de pólvora, com os resultados que já se podem ver.
Em Paredes temos tudo a nosso favor para conseguirmos fazer vingar este movimento: temos capital humano; temos um conjunto de boas cabeças; temos criatividade; iniciativa; temos instituições que já manifestaram vontade de colaborar connosco, só falta mesmo o SEU envolvimento.
Venha juntar-se a nós!
Este exercício foi baseado num outro desenvolvido por Hermione Elliott, da Transition Town Lewes, que se inspirou no livro: Life Changes through Imagework, de Dina Glouberman.
sábado, 17 de julho de 2010
In Transition 1.0
In Transition 1.0 from Transition Towns on Vimeo.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
E de Nuestros Hermanos...
¿Puede imaginarse una vida sin petróleo? ¿Qué pasaría si mañana el petróleo se convirtiera en un bien escaso y caro? La sociedad industrial se instaló en la historia de los seres humanos aportando desarrollo y riqueza pero haciéndola dependiente del transporte. Una de las respuestas a esta dependencia del petróleo la protagonizan aquellos que defienden un modelo de vida más autosuficiente y mucho más local.
Los avisos de que quizá se ha llegado al límite y de que se impone una revisión llegan desde varios lugares. Aquí en Europa, fue Rob Hopkings, un arquitecto, quien empezó a crear escuela en Inglaterra. Su manual sobre los pueblos en transición empezó a divulgarse y ha sido el pequeño municipio de Totnes -3.000 habitantes- donde están iniciando esa transición hacia el cambio. Mientras tanto, otras localidades europeas también siguen por este camino.
En España, existen algunos grupos, de momento aislados, que están intentando unirse para iniciar lo que en inglés se denomina transition towns. Una de las experiencias que en estos momentos se está intentando desarrollar está en Mallorca. La isla es una buena referencia para ubicar esta dependencia del petróleo.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Abraços Gratis, em Sondrio, Itália
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Transition Primer em Português!
Se desejar, aceda a este link para descarregar a versão pdf.
Boa leitura!
Horta Biológica em Guimarães
Aqui fica um vídeo (crédito à RTP) com uma reportagem sobre uma horta biológica em Guimarães.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Ecomorfose
domingo, 11 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Oficina de Reutilização
O Núcleo do Porto da Quercus tem levado a cabo, com bastante sucesso até, vários workshops nesta linha, que cobriram temas que vão desde as decorações de natal até à utilização culinária de plantas aromáticas e condimentares. Penso que deveria ter acrescentado que estes workshops decorrem de uma forma muito informal, num ambiente extremamente agradável.
No próximo Sábado a 8, dia 17 de Julho, decorrerá na sede do Porto (na Maia) mais um destes workshops, desta vez sobre a reutilização de papel já usado:
OFICINA DE REUTILIZAÇÃO
Durante muitos anos nos habituamos a utilizar o papel e em seguida deitá-lo fora muito facilmente. Mas nunca nos apercebemos que este pequeno gesto originou uma produção em massa de papel por parte das grandes empresas de celulose. Para a criação de uma resma de papel (com 500 folhas) é necessário 7% de uma árvore, ou seja uma árvore produz 15 resmas. Mas se pensarmos que por exemplo cada empregado de escritório gasta em média 20.000 folhas por ano, onde a maior parte acaba por seguir para o lixo já nos obriga a repensar que devemos adoptar estratégias que contrariem esses gastos.
Sabia que uma simples folha de papel demora cerca de 6 MESES até se degradar por completo?
Desta forma numa tentativa de alertar para o desperdício de papel que se faz diariamente a Quercus convida-o a participar na Oficina de Reutilização onde aprenderá a técnica do reaproveitamento do papel proveniente de revistas e jornais que se traduzirão em belos objectos muito úteis e por um preço nulo.
Participe e ajude este mundo a tornar-se um local melhor para viver!
Local: Quinta da Gruta
Dia: Sábado, 17 de Julho de 2010
Horário: 15h30 às 17h30
Formadora: Ana Moreira
*Valor: Sócio - 3€ / Não Sócio - 4€
Transferência bancária – 0035 0730 0003 2687 6307 6
*Inclui Certificado de Participação e todos os materiais necessários à execução da oficina.
Para mais informações contacte:
Quercus – Núcleo Regional do Porto
Quinta da Gruta, Rua João Maia, 540
4475-643 MAIA
Telm:931620212/Tel: 222 011 065
Email: porto@quercus.pt
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Transição Pessoal I
Pela nossa parte, temo-nos esforçado em que uma cada vez maior proporção do que consumimos tenha origem local, passámos a produzir parte dos vegetais que consumimos e começámos, também, a aventurar-nos pelos processos de produção do pão, iogurte, compotas e queijo.
O que para muitos será uma coisa corriqueira, algo que sempre viram fazer, para nós é totalmente novo e tem sido uma aventura.
Uma fornada de pão. Uso uma mistura de farinhas de trigo, milho, centeio e farelo, que obtenho do Sr. João Moleiro, que ainda mói nas Pias, com a energia das águas do Rio Sousa.
Outra fornada de pão, acompanhada por doce de cereja. Os frascos vieram do IKEA, com compota, mas a resiliência também se constrói reutilizando recursos.
No ponto!
Estas foram as cerejas utilizadas para a confecção do doce mostrado acima. Digamos que tinham carne a mais e não deram para outra coisa... Para nós foi uma experiência nova!
Aqui temos pão, iogurte (canto superior esquerdo) e queijo (cremoso, no canto superior direito). O soro do leite (canto inferior direito) resulta do processo de fabrico do queijo, e é utilizado na confecção do pão.
Com estas experiências, temos economizado alguns €€€, mas acima de tudo tem sido uma aventura enriquecedora e divertida que temos partilhado com os nossos amigos, e que vos convidamos a experimentar, se nunca o fizeram.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Amigos de além Mar! Essa foi a matéria da Silvia Rocha para o site da Thereza!
Seleção Brasileira emplaca na Inglaterra
clique nas imagens para ampliar :: |
Com instigante título “Is Transition in Brazil following the football road – created in England with the best players in Brazil?” (O movimento Transition Brasil está indo na mesma trilha do futebol – criado na Inglaterra, e com os melhores jogadores do Brasil?), uma equipe de 8 entusiasmadas brasileiras, sendo 4 granjeiras, apresentaram seus trabalhos na primeira conferência mundial do movimento Transition Towns, que aconteceu de 12 a 14 de junho de 2010 em Newton Abbot, Devon, Inglaterra. O tema brasileiro, inspirado no clima de Copa do Mundo, foi escolhido como o mais criativo da Conferência.
Do Site da Granja, Thereza Franco e eu tivemos o privilégio de representar a o TGV – Transition Granja Viana – juntamente com a idealizadora do movimento granjeiro, a arquiteta sustentável Isabela Menezes, e com a designer gráfica e de joias Dani Terracini, que vem traduzindo nossa imagem nos vibrantes logotipos do TGV.
Na Conferência, fomos acompanhadas por May East, brasileira que reside na Ecovila de Findhorn há quase duas décadas, especialista em sustentabilidade e diretora do Gaia Education, que foi quem apresentou o movimento mundial Transition Towns (TT) aos arquitetos sustentáveis Marcelo Todescan, Frank Siciliano e à jornalista e diretora da Fundação Stickel, Monica Picavea.
O tema que apresentamos foi: “Há menos de um ano desde que o primeiro treinamento de Transition Towns ocorreu no solo fértil do Brasil, a Transição vem se disseminando viralmente nos mais diferentes contextos sócio-econômicos. Esta sessão abordará como a Transição no Brasil está ocorrendo por meio de três estudos de caso:
- A Transição em comunidades abaixo da linha de pobreza, mas com alta resiliência, como o município de Serra, no Espírito Santo e Vila Brasilândia, bairro no norte da cidade de São Paulo.
- Transição na classe média e comunidades alternativas no Rio de Janeiro (bairros cariocas de Grajaú, Santa Teresa e o município de Petrópolis)
- Transição em bairros de classe média e alta, como o caso da Granja Viana, bairro composto por 7 municípios da zona oeste de São Paulo, há 12 quilômetros da capital (Cotia, Carapicuíba, Jandira, Osasco, Itapevi, Embu das Artes e Barueri). Apresentamos as 3 ações de sucesso na Granja Viana: Hora do Planeta na Granja, Feira de Trocas - AUescambAU e a campanha Voto onde Moro
Tivemos o privilégio de obter uma entrevista exclusiva com os criadores do Transition Towns, Rob Hopkins e Peter Lipman. Um dos pontos mais marcantes da entrevista, no meu entender, foi quando Rob nos disse que eles (do Transition Towns) é que tinham a aprender conosco, da América do Sul, principalmente no que diz respeito à nossa realidade com as populações menos favorecidas e vivendo em favelas. E disse-nos que queriam acompanhar de perto nossa transição, que poderá servir de modelo para muitas outras comunidades do mundo com realidades semelhantes.
Confira o vídeo:
Rob Hopkins message for Transition Brazil
E, nas palavras de um querido português participante da Conferência em seu blog, Miguel Ângelo Leal:
“Seleção Brasileira na Conferência da Transition Network 2010”
“Um dos grupos presentes na conferência da Transition Network 2010 que mais atenção despertou foi a delegação brasileira, composta por 8 transitioners no feminino: Isabela, Mónica, Sílvia, Taíza, Daniela, Maria Thereza, Zaida (a viver no Novo México, EUA) e May East (a viver na eco-aldeia de Findhorn, no Norte da Escócia). Com mais algumas pessoas oriundas do Brasil presentes na conferência, e considerando o Reino Unido como um todo, o Brasil foi, muito provavelmente, o segundo país mais representado neste evento!”
Entrevista com Rob Hopkins
“Esta selecção brasileira surpreendeu e, sem dúvida, deu que falar - não é por acaso que é referida por três vezes no blog de Rob Hopkins: Transition Culture. A alegria do grupo era contagiosa. Espalharam boa disposição e acabavam por atrair a si quem passava. Na última noite, foi possível escutar um grupo expressivo de participantes (que não falavam português) a cantar com sotaque brasileiro!”
“Penso que em Paredes poderemos aprender imenso com a experiência brasileira, e, sem dúvida, os protagonistas estão dispostos a ajudar-nos.”
Para quem quiser conferir o blog do Miguel Leal e seu texto sobre a Conferência, na íntegra, clique aqui.
Sílvia Rocha é jornalista e mestre em Comunicação Social pela ECA-USP. É poeta haikaísta*, pedagoga e tradutora e mora na Granja há 15 anos. É co-fundadora do Studio Vero, studio de design sustentável que fabrica presentes, mobiliário e displays na Granja Viana. Está prestes a publicar seu livro de poesias Caminho de haikais e, atualmente, trabalha no título O Caminho de São Francisco de Assis e outros caminhos.
* haikai: micropoema de 3 versos, de origem japonesa, inspirado na natureza.
e-mail: silvia@granjaviana.com.br