Paredes em Transição

O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um Curso de Design de Permacultura Épico!

Depois de vários meses em gestação, é com uma ENORME satisfação que anunciamos a realização do primeiro Curso de Design de Permacultura em Paredes!

Os Professores
Convidámos os colegas André Vizinho, co-criador do Centro de Convergência e do movimento de Transição na Aldeia das Amoreiras, o Tiago Silva, co-fundador do movimento de Transição na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do projecto Biovilla, a Annelieke van der Sluijs, "iniciadora do "Espaço no Botânico", iniciativa integrada nas actividades do Grupo Transição Coimbra e membro do Projecto Vida Desperta, o Capitão Luís, permacultor e fundador do defunto movimento de Transição em Rio Tinto (aprende-se mais com um falhanço do que com um sucesso!) e o Carlos Costa, da Quinta do Penedo que Fala, engenheiro electrotécnico e um dos melhores especialistas em auto-suficiência que conheço, para virem a Paredes colaborar na produção deste curso.

Curiosamente, o André e o Tiago Silva começaram a preparar o programa do curso como um exercício, durante o curso de professores de permacultura com a Rosemary Morrow, no Vale da Lama.


Um Curso de Design de Permacultura com Aspirações
Com uma equipa jovem, cheia de garra e vontade de mudar o Mundo, com percursos e experiências de vida variados, inúmeras acções de formação na área, muitos anos de experimentação no terreno, experiência combinada riquíssima na divulgação da permacultura, e que conta com alguns dos melhores comunicadores nesta área, temos receita para criar um Curso de Design de Permacultura com muuuita qualidade!
Só para terem uma ideia, logo na primeira reunião do grupo, concordámos que, se íamos organizar um curso de permacultura, teríamos que organizar O Curso de Design de Permacultura mais Completo de Portugal! (a expressão que utilizámos na altura foi: Tem que ser BRUTAL!)




A Annelieke van der Sluijs com o Ernst Götsch, durante o curso de agrofloresta, em Mangualde.


Um Curso de Design de Permacultura Dinâmico e Muito Prático
Este será um curso extremamente dinâmico, com uma fortíssima componente prática e de design.Para além das 72 horas que normalmente orientam um curso deste tipo, o Curso de Design de Permacultura de Paredes será recheado de workshops práticos, palestras e filmes nocturnos (as palestras e filmes nocturnos serão abertos à comunidade).

Workshops
Teremos workshops práticos sobre serrações portáteis, bomba de aríete, fogão-foguete...
O André Vizinho apresentará, ainda, um workshop sobre Dragon Dreaming e outro sobre gestão de conflitos/comunicação não violenta.

Aqui sou eu, durante o curso sobre serrações portáteis que fiz com a Logosol, na Suécia. Este é um dos workshops que serão incluídos no curso.


Design, design e mais design!
O bom design é tudo em permacultura! Os formandos trabalharão não num, mas em 5 designs: uma varanda, uma escola, um negócio, uma quinta... Sim, sim, dissemos que são cinco!

O Carlos, ajustando uma bomba de aríete, na "Quinta do Penedo que Fala", no Marco de Canavezes



Datas
O curso decorrerá entre o dia 1 e o dia 14 de Setembro.

Custos
O custo da participação no Curso de Design de Permacultura de Paredes será de 450€,com direito a participação em todas as actividades, alojamento nos moldes mencionados, todas as refeições, e oferta do livro“Permacultura Passo a Passo”, da australiana Rosemary Morrow, nossa professora no curso de professores de permacultura, no Vale da Lama.
A partir do dia 27 de Jullho, o custo da participação no Curso de Design de Permacultura será de 550€.
O pagamento poderá ser feito por transferência bancária para o NIB 0033 0000 4540 8581 5800 5 do BCP. Os participantes deverão transferir 50% do custo da sua participação no acto de inscrição, e poderão pagar o restante no primeiro dia do curso.
Porquê um Curso de Design de Permacultura tão caro?
Um curso mais completo implica mais custos. Depois de muitas contas, e mais contas, e ainda mais contas, chegámos à conclusão de que para podermos oferecer um Curso de Design de Permacultura com esta qualidade, o preço não poderia ser inferior ao valor anunciado.
As rubricas associadas à organização do curso incluem: alimentação, com pelo menos 4 refeições por dia, ao longo de 14 dias; pagamento de um valor mínimo aos vários formadores, organizadores e elementos de apoio; deslocações dos formadores; livro; água; luz; gás; combustível; comunicações; materiais de apoio pedagógico e de logística...
 Por outro lado, com mais formadores, o participante usufruirá da diversidade de abordagens e de uma maior dinâmica de equipa, e terá mais oportunidades para trabalho prático, que lhe permitirão aprofundar e processar melhor o que aprendeu em teoria.
Por outro lado, ainda, uma alimentação de qualidade e um bom estado anímico são essenciais para um bom processo de aprendizagem, de modo que também aqui teremos que primar pela excelência, e isso tem custos.

Tudo ponderado, o formando sairá deste curso muito mais enriquecido e motivado, e dará o seu investimento por bem empregue.

Número Mínimo e Máximo de Participantes
O curso realizar-se-á se tivermos um número mínimo de 15 participantes, com um máximo de 20.

A quem se destina este Curso de Design de Permacultura?
Este curso terá particular interesse para qualquer pessoa que sente que vive num mundo em Transição, que deseja equipar-se com conhecimentos que lhe permitam acompanhar a mudança e prosperar com ela.
Este curso terá particular interesse para qualquer pessoa que contemple praticar a Permacultura em meio urbano, mudar-se para o campo, ou desejar aplicá-la no desenvolvimento de um negócio ou projecto.

O Capitão Luís, durante o curso de Agricultura Regenerativa, com o Darren Doherty

O Local de Ensino
Paredes. O curso irá decorrer na quinta do Projecto TerraVerde – uma quinta que esteve votada ao abandono durante 12 anos, e que, como tal, é uma tela em branco à espera de um design de Permacultura que oriente as intervenções futuras! – e na escola primária de Mouriz (mesmo, mesmo ao lado da quinta), espaço que nos foi disponibilizada pela Junta de Freguesia de Mouriz, Paredes, e que nos proporcionará excelentes condições para que o curso decorra da melhor forma.
Quinta e escola ficam muito próximos do centro de Paredes.


A quinta do Projecto TerraVerde

Alojamento
Os participantes poderão escolher entre acampar na quinta, no recreio da escola (sobre a erva, debaixo das muitas árvores que lá existem), ou poderão alojar-se na própria escola.
Deverão trazer tenda (se optarem por ou ponderarem dormir no exterior), saco-cama, toalha e produtos de higiene pessoal.

Alimentação
A alimentação será predominantemente vegetariana, confeccionada pela nossa colega Sandra Costa, da Quinta do Penedo que Fala, com alimentos predominantemente locais e biológicos, grande parte dos quais fornecidos pela quinta do Penedo que Fala e pelo projecto PROVE Paredes, em que participam os nossos colegas Rúben Carminé, Ana Riera e Alda Rosendo.
A Sandra a construir colmeias para as abelhas



Visitas
Será realizada uma visita à Quinta do Penedo que Fala, no Marco de Canavezes, onde o Carlos e a Sandra já há dois anos que fazem agricultura biológica e vêm implementando vários princípios de permacultura e técnicas de sustentabilidade.
Outras possibilidades de visita encontram-se, no momento, em análise.
As visitas realizar-se-ão nas viaturas de professores e participantes. Organizar-se-á um sistema de boleias.


A quinta do Penedo que Fala

Wi-Fi
Na escola e na quinta não existe Wi-Fi. No entanto, no Parque José Guilherme, fronteiro à Câmara Municipal de Paredes, no Parque da Cidade e na Casa da Cultura de Paredes existe Wi-Fi disponível.
Ao longo do curso, os participantes terão várias ocasiões para se deslocarem ao centro de Paredes (nomeadamente para assistir a filmes e palestras que serão abertos à comunidade), onde poderão usufruir deste serviço disponibilizado pelo Município de Paredes.

Participação Activa
Temos todo o interesse em que os participantes participem activamente neste curso, e sejam, também eles, transmissores de conhecimento. Com este propósito, incentivámo-lo/a a, no acto de inscrição, mencionar uma competência que ache relacionada com a área e que gostaria de transmitir aos seus colegas e professores, seja ela agricultura biológica ou biodinâmica, yoga, meditação,...

Actividades extra-curso
A área é pródiga em percursos para bicicleta de montanha, de modo que se lhe agrada a ideia, pode trazer a sua bicicleta e aproveitar para explorar um pouco antes do jantar. Poderão ser organizados passeios guiados.
A Junta de Freguesia de Mouriz disponibilizou-nos, ainda, o polidesportivo, de modo que se for do interesse dos participantes, poderemos realizar um jogo de futebol, etc...
Esperamos que apareça muita coisa interessante.

O que trazer
Traga-se a si próprio/a, tenda (se optar por ou ponderar dormir no exterior), saco-cama, toalha e produtos de higiene pessoal. Traga leitura sobre permacultura, sementes e, se desejar, traga, também as suas ferramentas. Traga, ainda, lápis e marcadores de cores, bloco de apontamentos e caderno de esboços! Não se esqueça do portátil e tire muitas fotografias!

Conhecer Paredes
Durante o curso, algumas actividades nocturnas (nomeadamente filmes e palestras) terão lugar na cidade de Paredes, pelo que os participantes terão a oportunidade de explorar a cidade e conhecer alguns dos elementos do movimento Paredes em Transição.

Mais informações serão disponibilizadas em breve!

Muito agradecemos o apoio da Junta de Freguesia de Mouriz, Paredes, que tornou este projecto possível.

A associação Paredes em Transição é um organismo sem fins lucrativos com o Número de Identificação Fiscal 509 724 612.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Workshop "Alternativas no Combate à Varroa," com Harald Hafner, em Paredes



Varroa destructor é um dos maiores problemas da apicultura hoje em dia. Enfraquece os enxames, podendo mesmo conduzir à sua morte num período de tempo surpreendentemente curto.



Os tratamentos convencionais de combate  a este parasita , com base em acaricidas químicos e sistémicos, para além de poderem deixar resíduos nos diversos produtos da colmeia, estão a atingir o seu limite de eficácia, devido às resistências a estos produtos que a Varroa tem adquirido.



Existem, no entanto, tratamentos alternativos, muito menos tóxicos, e que não deixam resíduos na colmeia ou nos produtos apícolas. Estes tratamentos, dentro de um conceito integrado de combate à varroa, apresentam resultados muito satisfatórios.
Lamentavelmente, no nosso país, os conhecimentos destas técnicas e produtos são muito limitados.



Dando seguimento aos dois workshops introdutórios de apicultura em Paredes, e a pedido de muitos formados, queremos (Paredes em Transição e Harald Hafner) por esta razão, proporcionar o seguinte workshop a apicultores interessados:

Alternativas no Combate à Varroa:

Programa:

-          A Varroa:  Biologia do ácaro e seu efeito sobre a colmeia, como base para um conceito integrado para o seu combate;

-          Diferentes métodos de diagnose da Varroa, na teoria e na prática;

-          Tratamentos alternativos aos acaricidas químicos, com especial atenção aos ácidos orgânicos (acido fórmico, acido oxálico, etc. ), Timol e outros produtos à base de óleos essenciais: sua preparação e aplicação;

-          Conceito integrado do combate à Varroa ao longo do ano;

-          Aplicação e explicação prática das diferentes técnicas e produtos no apiário.

O objectivo deste novo workshop é equipar os participantes com os conhecimentos e ferramentas necessários para que sejam capazes de diagnosticar, controlar e combater a Varroa, com sucesso e de modo alternativo, na sua própria exploração apícola.
O público-alvo são apicultores com mais ou menos experiência, interessados em aprender novos meios, alternativos, no combate a este parasita das nossas amigas- as Abelhas!

workshop "Alternativas no Combate à Varroa" decorrerá na Quinta da Ameixoeira Torta, em vandoma, Paredes, onde decorreram os dois workshops anteriores, no Sábado, 21 de Julho, entre as 9:15 e as 17:15.

O workshop realizar-se-á se tivermos um número mínimo de 10 participantes, com um máximo de 20.

Incluirá o almoço a que Rúben já nos habituou, mais dois lanches, manhã e tarde.

Os interessados em frequentar este segundo workshop poderão fazê-lo enviando a ficha de inscrição preenchida e efectuando a transferência 15€  (metade do custo do curso) para o NIB da associação Paredes em Transição: NIB 0033 0000 4540 8581 5800 5 do BCP.

Aqui poderão descarregar a ficha de inscrição que deverá ser devidamente preenchida e enviada para o email: cursosparedesemtransicao@gmail.com

Aqui poderão encontrar informação sobre como efectuar o pagamento.

terça-feira, 12 de junho de 2012

E assim encerrámos os dois workshops de apicultura com o Harald Hafner...

Se todos os cursos que contamos organizar no futuro correrem como correram estes dois, ficaremos muito satisfeitos!


Foi fantástico como, mesmo com a adversidade do frio que fazia em Março, e da chuva que caiu em praticamente cada um dos 6 fins de semana em que decorreram os cursos, as coisas correram tão bem!


Para tal, muito contou a empatia que o Harald conseguiu logo criar com os formandos, e a capacidade de organização do Rúben e do Manuel Aguiar. Os formandos contribuíram com o resto. Dois grupos muitos bons, cheios de gente com qualidade.


Tivemos gente que veio de Lisboa, de Castelo Branco, de Estarreja, de Tomar, do Marco de Canavezes, do Porto, de Alfândega da Fé, de Bragança, mas, muito gratificante, tivemos muita gente local, aqui do Vale do Sousa.


Gostaria de ter feito uma entrada para cada curso, mas o tempo não estica e por essa razão, aqui ficam imagens dos dois.


A palestra que iniciou a terceira sessão do segundo workshop, na Sexta-feira passada, no auditório que a Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda muito gentilmente nos disponibilizou.

Aula teórica na casa da Quinta da Ameixoeira Torta, em Vandoma.

Aprender a fazer creme de própolis também fez parte do programa.

O Cristiano mostrando a colmeia top bar que fez, e que fez furor. Teve várias encomendas!


Aprendendo a extrair o mel dos favos com uma centrifugadora.

O Luís Amaral, de Lisboa, recebe o seu certificado de participação.

De volta ao apíário, enquanto o tempo o permite.

Um quadro de criação perfeito, de uma raínha nova.

Quem consegue identificar o comportamento que esta abelha exibe?

Já no encerramento do primeiro workshop, e João e o Harald com as cabeças cobertas por abelhas.

O Harald mostrando um quadro de zangãos, parte da estratégia de prevenção da Varroa.

Outro quadro de zangãos, com o Paulo Carneiro ao lado, que foi quem o fez.

O método do quadro de zangãos a mostrar a sua eficácia - conseguem ver a Varroa?

Quem será este? Uma dica: veio do Porto!

Fazendo creme de própolis, no primeiro workshop.

Um núcleo que o Carlos Costa, da Quinta da Pedra que Fala, no Marco de Canavezes, nos fez. Alguém consegue identificar o desenho? Se tiverem curiosidade, cliquem aqui.

A Mónica, de Bragança, recebendo o seu certificado, no encerramento do primeiro workshop.

Dois meses e meio passados desde que iniciámos o primeiro workshop, tem sido uma delícia ver como pessoas de um e outro curso se misturavam nas palestras de Sexta-feira à noite, e continuaram a juntar-se depois. Praticamente todos já tem as suas abelhas, e agora vamos ver as abelhas deste, vamos ajudar a transferir as colmeias daquele, alguém me tira esta dúvida, vou comprar material apícola. Alguém precisa de alguma coisa? O Cristiano e o Carlos começaram a fazer colmeias e têm vendido algumas aos colegas, cujos apiários tem crescido a olhos vistos e já lá vão 4 enxames capturados!
Depois de tudo isto, não tenho qualquer dúvida que, com estes workshops, se iniciou uma dinâmica que será muito interessante observar no futuro, com uma comunidade de novos apicultores (e outros menos novos) muito interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre o tema, em experimentar técnicas e processos novos e sustentáveis, e, acima de tudo, em ajudar-se e aprender uns aos outros. Penso que algo mesmo muito interessante está a começar no Vale do Sousa!




Agradecimentos às várias pessoas que tornaram estes eventos possíveis:  Harald Hafner, Rúben e Elisabete Carminé, Manuel Aguiar, Isabel Leal, Alberto Santos, Duarte Neto, Sérgio Correia, Paulo Carneiro, Miguel Almeida, Óscar Moreira, Paredes em Transição, Quinta da Ameixoeira Torta, Junta de Freguesia de Castelões de Cepêda e aos nossos queridos formandos.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Paredes em Transição: Encerramento do Ciclo de Palestras sobre apicultura com Harald Hafner

Apicultura no Mundo

Esta Sexta-feira, dia 8 de Junho, organizamos mais uma - a última - palestra sobre apicultura com o austríaco Harald Hafner - desta vez o tema é a "Apicultura no Mundo".
Terá lugar no auditório da Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda pelas 21:15.

Estas palestras (4, ao todo), são um presente da Associação Paredes em Transição à comunidade, livres e gratuitas, e uma boa maneira para quem se quer iniciar na apicultura mas ainda não quer fazer o investimento num curso, ou para quem simplesmente quer saber um pouco mais sobre o tema, o poder fazer gratuitamente.

Por outro lado é uma excelente maneira de contactar com apicultores da região.

As outras 3 palestras com o Harald tiveram por tema "Biologia e Ecologia das abelhas"; "As abelhas e outros insectos polinizadores no Mundo" e "Os Vários Produtos da Colmeia".
 
Lembramos que os cursos e as palestras estão relacionados com o nosso projecto de colmeias comunitárias.