Paredes em Transição

O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Penafiel recebe formação em Agricultura biológica

Informação de interesse:

Penafiel recebe formação em Agricultura biológica
Autarquia comparticipa formação

A Associação Profissional para o desenvolvimento da Agricultura Biodinâmica e Biológica (AGRIDIN) organiza em Maio de 2011 um curso de Formação em Agricultura Biológica, para os seus associados bem como para o público em geral.
A formação terá lugar na Quinta de Segade, em Penafiel, e pretende proporcionar formação a operadores em Agricultura Biológica ou a interessados no modo de produção biológico que desejem aprofundar os seus conhecimentos e práticas, bem como obter a respectiva certificação. O curso, que terá a duração de 68 horas, será composto pelas componentes práticas e teóricas ,sendo as sessões realizadas aos sábados (todo o dia) e domingo de manhã.

Os produtores que tenham aderido, até à data, ao programa de incentivos à agricultura Biológica, da Câmara Municipal de Penafiel, podem beneficiar de apoio na inscrição, por parte da autarquia.
 

Módulos da formação:
- Introdução à Agricultura Biológica
- Fertilidade e Fertilização do solo
- Protecção das Plantas
- Modo de produção biológico de produtos agrícolas de origem vegetal:
- Modo de produção biológico de animais e de produtos de origem animal:
- Acondicionamento e comercialização
- Controlo e certificação
- Conversão para AB

Mais informações em: http://agridin.org/Agridin/AB.html

segunda-feira, 28 de março de 2011

Plantio de árvores adiado para Sábado, 2 de Abril

Foi tal o pé-de-água que caiu no Sábado à tarde que, quando o Sr. Francisco Garçês, dos viveiros Garcês, me ligou a perguntar "Tem a certeza que quer que leve as árvores aí???" lhe respondi "É melhor adiarmos para o próximo Sábado". Afinal, a ideia sempre foi termos uma festa de vizinhos.

O meu vizinho, o Sr. Amaro, ainda na fase "Vamos para a frente com isto ou não?"

Fatia do bolo de nozes e abóbora manteigueira que fizemos para a "festa". Os queques eram para os miúdos. Ainda houve gente esperançada que apareceu, e acabámos todos a lanchar o bolo e o chã, e a assistir a um documentário sobre a permacultura do Sepp Holzer.
Portanto, Sábado, dia 2 de Abril, toca a reunir às 15:00. Ainda temos 12 árvores para plantar!

sexta-feira, 25 de março de 2011

A árvore da Sabedoria

Não resisti a incluir este maravilhoso trabalho dos alunos da EB1/JI de Mouriz, Paredes, orientados pelo professor Norberto Valério, que teve por base um conto escrito pelo meu bom e velho amigo José Miguel Gomes, colega de sonhos e utopias, e camarada de Paredes em Transição. Vale a pena ver até ao fim!

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Plantio das Árvores é Este Sábado!

Foi dito neste blog que o plantio das árvores ocorreria no dia 26 de Junho. Lapso meu. Será no Sábado 26 de Março, ou seja, depois de amanhã.
Serão 12 as árvores que plantaremos, e que serão fornecidas pelos Viveiros Francisco Garcês, da Madalena, que nos fez um preço muito especial. O objectivo é podermos vir colher laranjas, tangerinas, toranjas, pêssegos, ameixas, nectarinas, pera-rocha e pera-maçã, mesmo às nossas portas.






O Sr. Garcês virá ter connosco às 15:00 e fará uma breve introdução sobre "como plantar árvores de fruto".
Não haverá falta de ferramentas para os interessados em plantar as árvores, cortesia da Ferfor, que também deverá chegar com as ferramentas às 15:00.
Foi-nos perguntado se temos autorização do Município para ocupar o espaço público com estas árvores, e a resposta é afirmativo. Estamos autorizados.
Todos os que desejarem participar desta actividade serão vem-vindos, especialmente os que trouxerem bolo, biscoitos ou coisa do género para partilhar ;-)


Até Sábado à tarde!


Não há informação disponível na Internet sobre os Viveiros Francisco Garcês, mas podem ser contactados através dos seguintes contactos:


Viveiros Francisco Garcês
Rua da Igreja, 89
4580-253 Paredes (Madalena)


255 118 662

255 776 787
96 807 7587
96 481 2103

quarta-feira, 23 de março de 2011

Venha plantar árvores de fruto connosco!

No próximo Sábado, dia 26 de Março, pelas 15:00 horas, os residentes dos edifícios de apartamentos e moradias localizados nas ruas Infante D. Henrique e D. Afonso Henriques juntar-se-ão para plantar um conjunto de árvores de fruto nos dois espaços ajardinados existentes nas traseiras das suas residências.


À semelhança do que já acontece noutros municípios de Portugal, em que espaços deste tipo foram enriquecidos com árvores de fruto e frutos secos, sem prejuízo para a sua função decorativa, desejamos adicionar às árvores que já lá se encontram, algumas árvores que, para além da sombra, armazenamento de carbono e outras funções ecológicas nos proporcionem alimento num futuro em que se prevê que os alimentos venham a atingir preços hoje inimagináveis. A ideia é que cada um dos vizinhos se torne um protector destas árvores e deste espaço, actualmente um pouco negligenciado, e possa, a breve prazo, colher os frutos desta actividade.


  
Com esta actividade pretendemos, ainda reforçar o espírito de comunidade e cooperação entre vizinhos, em que muitos dos quais ainda não se conhecem. Desta forma, recriamos a resiliência em grande parte perdida pela nossa comunidade ao longo das últimas décadas.

Esta iniciativa dos vizinhos das ruas Infante D. Henrique e D. Afono Henriques será apoiado pela empresa Ferfor, um reputado fabricante de ferramentas local, com quase 50 anos de actividade, que nos oferecerá as ferramentas a utilizar no plantio das fruteiras
Sendo um dos objectivos do Movimento de Transição incentivar a relocalização da economia, entre outras modalidades através do consumo de produtos locais, e sendo a Ferfor uma empresa local, com uma reputação de produzir ferramentas de excelente qualidade para a actividade agrícola, entendemos que estão preenchidos todos os requisitos para se criar uma saudável parceria entre Paredes em Transição e a Ferfor.

Fiquem atentos a novas notícias sobre esta actividade, ao longo da semana.

domingo, 13 de março de 2011

A Oficina de Hortas Móveis

Enquanto em Lisboa, no Porto, e um pouco por todo o país centenas de milhar de pessoas saíram à rua para protestar contra a triste maneira como temos sido governados por sucessivos governos, em Paredes em Transição juntámo-nos para trocar conhecimentos sobre como construirmos a nossa horta móvel, nas alturas ou não.


Durante a oficina, várias foram as vozes que se fizeram ouvir, dizendo "Se não estivesse aqui, estava nos Aliados".  E volta e meia alguém aparecia com alguma informação sobre os números da maior manifestação de descontentamento dos nossos dias. As nossas felicitações a quem esteve presente.



Esta oficina teve início com uma visita à Horta nas Alturas, e englobou a construção de hortas móveis em caixas de esferovite e de alfobres de sementes em embalagens Tetrapak. As caixas de esferovite são as normalmente utilizadas para transportar pescado, e conseguimos uma boa quantidade delas do supermercado Modelo.

A oficina teve lugar no espaço PROVE, na Cooperativa Agrícola de Paredes, a quem agradecemos o apoio, e foram mais de 30 as pessoas que passaram pela oficina, entre sócios de Paredes em Transição, não sócios e novos sócios. 

O contingente de crianças também foi forte!

E o convívio entre gerações, tão saudável.


Foram feitas, quê, 17 caixas?

Caixa dupla, para cenouras.

Alfaces, acelgas, beterraba, salsa, rúcola, morangueiros, cebolinho, cenouras...

Gastámos 5 sacos de terra para jardim de 70 litros cada...

A parte inferior do conteúdo de cada caixa era constituída por lixo orgânico...











Preparando as embalagens Tetrapak...

O truque para tapar o local do bico...

Escolhendo as sementes para os alfobres...

Acabámos por decidir deixar a construção do vermicompostor caseiro para uma próxima oficina que dedicaremos só a esse efeito. No entanto, a nossa colónia de minhocas-vermelhas-da-Califórina encontra-se, agora, dividida por 5 habitações, cada uma das novas colónias a cargo de uma criança que cuidará de fazer com que cresçam e se multipliquem...

Foto de grupo final. Obrigado ao José Alberto, autor da esmagadora maioria destas imagens.
O saldo final: uma tarde bem passada, uma data de gente satisfeita e a pedir mais, 7 novos sócios e a vontade de fazer muito mais para recuperar a resiliência da nossa comunidade. Estamos em Transição!
Fiquem atentos a novos anúncios.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Oficina de Hortas Móveis e Troca de Sementes

No Sábado à tarde, para além da oficina sobre como fazer Hortas Móveis e vermicompostor caseiro, teremos uma troca de sementes e rebentos.


Venha aumentar a diversidade da sua horta connosco!


quarta-feira, 9 de março de 2011

Inédito em Paredes

Trabalhando junto ao mar, vejo gaivotas praticamente todos os dias. Dezenas, centenas, por vezes. Mas em Paredes, onde vivo, em 40 anos, tinha visto gaivotas exactamente... 2 vezes. A primeira, quando andava no nono ano, a sobrevoar a Secundária de Paredes, numa manhã de nevoeiro. Tão insólita quanto fantasmagórica... Lembro-me de ter comentado com os meus colegas "Deve andar perdida com o nevoeiro..." A segunda foi há muito pouco tempo, quando conduzia para o trabalho, igualmente numa manhã de nevoeiro. Este fim-de-semana, completamente inédito, numa tarde soalheira, uma gaivota passeava-se airosamente nos relvados do Parque José Guilherme, para depois mergulhar e voltar a mergulhar nos lagos da escadaria do palácio da Justiça. Será uma nova tendência?




Atingido o Record!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Da Horta nas Alturas para a Panela

Acelgas, couve de coração, folhas de bróculo, de beterraba, salsa e cebola. Directamente da Horta nas Alturas para a panela, e da panela para o prato. Tudo em menos de uma hora. Mais fresco, só cru... E esta, heim?

domingo, 6 de março de 2011

Vale a Pena Começar uma Horta nas Alturas?

Sem dúvida! Mesmo durante o Inverno, a nossa tem-nos proporcionado com alimentos frescos, e mesmo com o clima rigoroso que de vez em quando aparece, as plantas têm-se aguentado.

Há coisa de umas duas semanas, caiu uma saraivada das antigas. À excepção de algumas alfaces novas que haviam sido plantadas um ou dois dias antes, as plantas sobreviveram.


O canteiro à esquerda, onde cresce os brócolos, já tem alguns meses. O da direita tinha sido feito há pouco tempo, como se pode ver pela terra que foi projectada contra a parede. 
Na caixa da esquerda podem ver-se, para além dos brócolos, alho francês, morangueiros e alfaces, que nasceram espontâneamente de sementes largadas por alfaces do Verão anterior.


A nossa filha de 4 anos preparando novos alfobres com embalagens Tetrapak, este fim-de-semana. 
Note-se a salsa, alface, brócolos e acelgas.


Brócolos antes de os colhermos, este fim-de-semana.

 Salsa e alface.


Acelgas. Sempre achei piada ao interior rosado.


Rabanetes que cresceram de sementes que trouxe de uma curs com o Sepp Holzer. Foram plantados na caixa que havia sido preparada pouco antes da saraivada. Adaptaram-se muito facilmente ao clima de Inverno do exterior. Os que costumamos cultivar, tendo sido replantados na mesma altura, não resistiram tão bem, e alguns estão mais para lá do que para cá.

 Alfobres espontâneos de acelgas e rúcula, a partir de sementes de plantas do Verão anterior.


Salsa, orégãos, tomilho e morangos, tudo ao molho!

Entretanto, no vermicompostor caseiro as minhocas-vermelhas-da-Califórnia continuam ocupadíssimas a transformar o nosso lixo orgânico em composto... Por enquanto, só as temos deixado no exterior durante os dias mais quentes.


Alfobre de alface junto à janela da escadaria. Os vizinhos têm sido compreensivos :-)

Alfobres de cebola, rabanetes, manjericão, rúcula e cravos-túnicos. Também estamos a tentar sementes de tomate, pimento, abóbora-manteigueira e tamarilho.


A colheita de ontem.


E o resultado: esparregado de acelga (com azeite, alho, leite, queijo e pinhões), brócolos cozidos a vapor e rúcula fresca.


Contratempos? Bom, nem sempre tudo funciona. Temos eliminado lesmas às carradas! Sem dúvida o nosso maior contratempo.
Grande parte da última fornada de alfaces que metemos à terra foram eliminadas pelo frio, porque não cobrimos as caixas, e penso que alguns morangueiros também não resistiram, mas é o preço a pagar pela experiência. O segredo do nosso sucesso é deixar com que as plantas se adaptem ao clima, manter as caixas sempre com uma abundância de plantas, e usar a proximidade das paredes, que criam um micro-clima favorável ao crescimento. E agora que os dias estão maiores, já se nota um crescimento mais acelerado nas plantas. A Primavera promete!