Paredes em Transição

O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Será que a ASAE deixa?" na imprensa local

Tencionamos colocar aqui no blog informação relativa aos resultados da sessão de esclarecimento do dia 17, para tentar passar o máximo de informação possível à comunidade. Para tal, será necessário escutar as gravações que fizemos e consultar apontamentos, o que levará o seu tempo.
Lamentamos não poder partilhar aqui a gravação, e também não temos acesso à apresentação que a ASAE fez, mas de qualquer modo, gostaríamos de agradecer a amável presença de José António Flores, técnico superior da ASAE e de Jorge Loureiro, chefe das finanças em Paredes, que tiverem imensa paciência e responderam a todas as questões que lhes foram colocadas. E agradecemos o humor com que responderam a algumas delas!


Para já, deixamos esta imagem da reportagem que saiu no jornal "O Progresso de Paredes", da autoria do jornalista Daniel Sousa e Silva.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Em 2012 a Permacultura invade o Porto!


Curso de Planeamento em Permacultura
28 Janeiro a 25 de Março (PDC 72 horas) – FUNDAÇÃO DE SERRALVES

Em 2012 a Permacultura invade o Porto! 28 de Janeiro começa no Porto uma viagem de 5 fins-de-semana pelo mundo da Permacultura. Um curso organizado pela Quercus e o Serviço Educativo da Fundação de Serralves em parceria.
Fim-de-semana sim, fim-de-semana não, os 3 formadores deste curso, irão mostrar que a qualidade de vida real e duradoura, não se atinge com dinheiro mas com conhecimento, engenho e ética. Este curso é um “PDC – Permaculture Design Course” – o curso de 72 horas criado por Bill Mollison – é um dos primeiros a ser realizado totalmente em português em Portugal e o primeiro de sempre a ser realizado no Porto. Dentro da cidade, mas no espaço privilegiado da Fundação de Serralves, serão desenvolvidas várias atividades teórico-práticas; o curso conta ainda com sessões ao fim da tarde dinamizadas em associações culturais da cidade, bem como com um fim de semana de visita a quintas de permacultura.

Programa
O programa decorre aos Sábados e Domingos das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, fim-de-semana sim, fim-de-semana não, nas datas indicadas. Ao longo de mais de 84 horas de atividades, serão abordados os temas fundamentais da permacultura, dinamizadas muitas experiências práticas e analisados casos reais a partir da visualização de vídeos.

Informações práticas:
Estão previstas paragens a meio da manhã e tarde para chá/café e pão com compota. O almoço encontra-se a cargo dos participantes, sendo no entanto possível a quem o desejar trazer a sua refeição e almoçar informalmente na Quinta de Serralves.

I - Introdução à Permacultura - 28 e 29 Janeiro
Apresentações
Em que mundo vivemos?
História e éticas da Permacultura
Princípios da Permacultura
Actividade prática:
  Construção espiral ervas
  Sistemas Ecológicos e Teoria Gaia
  Passeio por Serralves
  Teia da Vida
  Clima e Biodiversidade
  Padrões na Natureza
  Florestas, Solos, Água

Permacultura ao serão – 9 de Fevereiro
21h00 – 23h00 Visualização do filme DIRT! com debate na Casa da Horta (aberto ao público e gratuito).

II - Trabalhar com a Natureza - 11 e 12 Fevereiro
Zonas e sectores
Solos:
  Estratégias de recuperação
  Cobertura orgânica
  Compostagem
Produção de alimentos:
  Hortas, Pomares, Agroflorestas, Animais
Actividade prática:
  Criação de camas e canteiros de cultivo
  Sementeira e plantação das camas e canteiros
  Permacultura ao serão – 23 de Fevereiro
21h00 – 23h00 Visualização do filme O Agricultor Rebelde com debate na Cadeira de Van Gogh (aberto ao público e gratuito).

III - Trabalhar com a Natureza - 25 e 26 Fevereiro
Apicultura
Água:
  Sistemas de captação e retenção
  Sistemas de regadio
  Gestão de águas cinzentas e negras
  Resíduos
Actividade prática:
  Construção de rocket stove
  Cozinha Ecológica
  Permacultura urbana

IV - Visita a quintas de Permacultura - 10 e 11 Março
Visita guiada à Quinta Cabeça do Mato
Almoço na Cabeça do Mato
Estruturas e habitações
Arquitectura bioclimática
Energia
Visita guiada à Quinta do Boiço
Almoço no Boiço
Aula na casa redonda
Economias locais e alternativas
Desenvolvimento comunitário e Eco-aldeias
Permacultura ao serão – 23 de Março
21h00 – 23h00 Visualização do filme “O Jardineiro Global” com debate na Campo Aberto (aberto ao público e gratuito).

V - Processo de Design - 24 e 25 Março
Processos e métodos de design
Colheita na Horta
Almoço Ecológico
Início do processo de design
Processo de design
Apresentação dos designs
Conclusão
Nota 1: a negrito estão as actividades práticas
Nota 2: o programa poderá sofrer alterações por factores meteorológicos ou de conveniência

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um jardim subversivo!

Como disse alguém, um dia, o acto de passarmos a produzir (pelo menos) parte do que comemos tem algo de subversivo... Assegurarmos a produção de uma boa parte do que consumimos confere-nos um poder enorme, que neste momento reside nas cadeias de distribuição.
Imagine-se o poder que os cidadãos portugueses teriam nas mãos se a maioria dos alimentos consumidos no nosso país fossem de produção local! A quantidade de energia que não se consumiria! A quantidade de carbono que não seria libertada para a atmosfera! A quantidade de dinheiro que não se acumularia nas contas das EDPs, GALPS e quejandos!

Num esforço nesse sentido, algures em Paredes, um grupo de cidadãos decide plantar uma árvore de fruto (neste caso, uma oliveira), sem dar cavaco. (Podemos dizer que a ocasião fez o ladrão ;-).

Com o devido respeito pelo fotógrafo e pelo valor histórico da imagem em questão, esta aqui lembra-me aquela fotografia famosa do Joseph John Rosenthal, tirada durante a Segunda Guerra Mundial, com os Marines a erguerem a bandeira americana no topo do Monte Suribachi, durante a batalha de Iwo Jima... simbólico?

Minhocas ENORMES! Imensas! Excelente!

As oliveiras são, por norma, árvores bastante rústicas e aguentam bastantes abusos, o que as torna numa das nossas espécies produtivas de maior sucesso, mas é sempre bom mantê-las bem hidratadas nos primeiros dias no novo local.

Ide por esse Mundo e plantai árvores!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Como chegar à sessão de esclarecimento "Será que a ASAE deixa?"

É muito simples. Para quem vier de comboio, basta subir a Avenida da República. A Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda (Paredes) fica mesmo em frente à Caixa Geral de Depósitos.
Para quem se deslocar em viatura própria, assumindo que chega de fora de Paredes, e vem pela auto-estrada A4:
Se vier do Porto: Saída Paredes. na Rotunda que se segue à saída da A4 vira à direita e mais à frente, junto ao Hospital da Misericórdia de Paredes vira à esquerda. Segue até à Avenida da República, vira à esquerda e a Junta de Freguesia fica logo do lado direito.
Se vier de Amarante: Saída Paredes Sul. Depois de passar sob a linha de caminho-de-ferro do Douro e da Rotunda Francisco Sá Carneiro, vira à direita para a Avenida da República. Ver informações acima para chegar à sesssão.


Será que ninguém se lembra de dizer à gente da Google que já há alguns meses que Paredes se encontra sob um forte coberto de nuvens?

Mais fácil aqui.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Frutos da Comunidade

No dia 2 de Abril de 2011 juntámos mais de 40 vizinhos para plantar árvores de fruto em dois espaços publicos, junto às nossas residências. Na altura colocámos um artigo no nosso blog, que pode ser revisto aqui. Os frutos desse projecto já podem ser vistos e saboreados:

 Tangerinas.

Entretanto, outros citrinos (mais tangerinas, laranjas e toranjas) começam a ficar prontos para ser colhidos. Aguardamos!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Será que a ASAE deixa?

É com prazer que informamos que no dia 17 de Dezembro teremos, em Paredes, uma sessão de esclarecimento sobre a regulamentação do comércio local de alimentos, com a presença de elementos da ASAE e das Finanças, à semelhança da sessão que os colegas de Portalegre organizaram em Abril último.
A sessão terá lugar no auditório da Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda (Paredes) entre as 15 e as 17:00h.


“Como apoiar a produção local e o comércio de proximidade?” é o tema de uma sessão de esclarecimento que decorrerá no próximo dia 17 de Dezembro, entre as 15:00 e as 17:00 horas, no auditório da Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda (Academia de Música de Paredes).

A iniciativa, promovida pela "Paredes em Transição – Associação para o Desenvolvimento Sustentável de Paredes" com o apoio da Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda e da Associação Empresarial de Paredes, conta com a participação de técnicos da ASAE e das Finanças.
O desconhecimento das leis e dos regulamentos, e dos métodos de actuação da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, bem como as exigências fiscais, acabam, muitas vezes, por funcionar como um obstáculo ao desenvolvimento da economia local.
Esta sessão de esclarecimento procurará dar resposta a questões que se colocam aos "pequenos" produtores locais e a todos aqueles que lidam com produtos alimentares, querendo, também, contribuir para o desenvolvimento de uma economia local forte e resiliente.
Nesta sessão de esclarecimento poderá encontrar resposta a questões como:

“Poderei obter alguma receita adicional com a produção do meu quintal?”; “Poderei valorizar a minha produção frutícola através de métodos de transformação tradicionais?”;
“Poderei obter alguma receita suplementar com a criação dos meus animais?”
“Como gerente de restaurante, poderei comprar produtos directamente ao produtor local, ou usar produtos do meu próprio quintal?

Agradecimentos aos colegas de Portalegre pelo pioneirismo e pelo apoio que nos deram na preparação, e aos colegas de Telheiras e Sintra, pelo aconselhamento gráfico.
Optámos por manter o título “Será que a ASAE deixa?”, por um lado, porque é bom, por outro por respeito à gente de Portalegre, esperando que colegas de outras iniciativas o venham a adoptar no futuro, e que este evento de inegável utilidade para a comunidade venha a tornar-se um clássico do movimento de Transição em Portugal.

Ficam todos convidados a aparecer.
Um abraço de Paredes em Transição

domingo, 27 de novembro de 2011

Transição Braga

Na Sexta-feira, 18 de Novembro, desloquei-me a Braga, onde passei uns momentos com os colegas da Transição Braga, um movimento que envolve pessoas de Braga, Guimarães, do Gerês e de outros pontos do distrito. O encontro decorreu no espaço Projéctil, um edifício fabril que está a ser recuperado, na Travessa do Caires, 39.
Foi a primeira reunião alargada deste grupo, e foi uma surpresa, até para os elementos do grupo iniciador, ver que, apesar da imensa chuva que caía lá fora, as pessoas continuavam a chegar... e no fim eram quase 20!
Interessante, também, foi ver como a Transição Braga se entrosou com um movimento já existente, o ReSinto, uma associação cujos interesses gravitam o núcleo das artes, e também lá se encontravam pessoas associadas à UMinho in Transition.

O Arquitecto Luís Amaral foi o fundadador do movimento Transição Braga.

A reunião corria tão bem e foi tão absorvente que nos esquecemos, por completo, de documentar o evento! Praticamente, só mesmo no fim, com alguns elementos já a caminho de casa, é que nos lembrámos de fazer umas fotografias!

Gostei muito de conhecer os colegas da Transição Braga, e de ouvir as suas histórias, de onde eram, o que faziam, o que os trouxe até ali, as suas aspirações. Foi engraçado ouvir, à medida que cada um ia mencionando as áreas que lhe interessavam, alguém dizer "eu não tenho nenhuma área que me interesse", e depois descobrir que essa pessoa tinha uma enorme paixão por tudo o que tem a ver com livros :-)  Gostei imenso de ouvir alguém mencionar que tinha por propósito de vida "conquistar a soberania sobre a sua pessoa".
Pela minha parte, falei um pouco sobre os sucessos e os insucessos do movimento de Transição em Paredes, o que funcionou bem, o que funcionou menos bem, o que podíamos ter feito e não fizemos, o que podíamos ter feito de outra maneira. No fim, convidei-os a visitarem Paredes, e participarem numa das nossas actividades. Somos quase vizinhos!
Fiquei com uma boa sensação sobre o futuro deste grupo. Eles saberão construir a sua resiliência, conquistar o seu espaço.
Um abraço aos colegas da Transição Braga, e votos de grandes sucessos!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Curso de RegenAG com Darren J. Doherty

Mais um excelente curso... desta vez com o australiano Darren Doherty, que esteve no Instituto Português de permacultura, no Vale da Lama, no fim-de-semana passado.
Professor de Permacultura, o Darren Doherty é considerado a maior autoridade mundial sobre design keyline.

Não é fácil explicar no que consiste este tipo de design numa única frase... direi que foi idealizado pelo australiano Percival Alfred Yeomans (mais conhecido como P.A. Yeomans), e que permite regenerar solos, controlando as águas pluviais e trabalhando com a natureza.

Nesta imagem, o Darren explica como, tendo determinado a localização do keypoint - ou seja, o ponto onde a encosta deixa de ser convexa e passa a ser côncava, traçamos a keyline - uma linha que se estende para cada lado do keypoint, à mesma cota, e que termina nos pontos onde a ravina/vale dá lugar à crista. Traçando linhas paralelas à keyline (mas não à mesma cota), que poderão ser prenchidas por árvores ou arbustos, por exemplo, conseguimos desviar parte das águas pluviais da ravina/arroio para a crista.

Com o auxílio de ervas perenes (algumas podem chegar a viver 600 anos!) e do pasto por ruminantes, não só consguimos incrementar a camada de solo fértil, como conseguimos armazenar uma quantidade surpreendente de carbono no solo.

O terreno é dividido em células. O gado não deverá pastar numa determinada célula mais do que um dia ou dois (dependendo da extensão da secção de pasto e do númerod e cabeças), de modo a permitir a regeneração da pastagem, fertilizando-a com a sua bosta. Dois ou três dias mais tarde, poderemos introduzir aves, como galinhas ou perús, que se alimentarão das larvas das moscas que se desenvolveram na bosta, reduzirão as ervas ainda mais e espalharão a bosta pelo terreno.

O que permite a rápida criação e acumulação de solo e carbono são os exsudados das raízes das ervas, que são mais rapidamente metabolizados do que as raízes ou as próprias ervas. O solo é criado através do alastramento da bio-fertilidade da camada superior para zonas mais profundas e da conversão do subsolo em solo vivo.

A caca de um ruminante... reparem nas sementes germinadas e nas micorrizas (fungos) que ajudam a transportar água e nutrientes entre as plantas.

Foram muitas as aulas no exterior.  Eu já tinha vizitado no Vale da Lama, mas foi muito bom regressar. O ambiente que lá se vive é muito bom, e passa por lá muito boa gente. O curso também foi muito bem organizado, e a alimentação foi excelente.

O tractor que lavrava o campo vizinho criou uma excelente oportunidade para que o Darren demonstrasse os danos causados ao solo pela mobilização.

Comparação entre área arada e não arada. De notar, no lado esquerdo, as raízes expostas ao ar e à luz. No lado direito, a estrutura do solo mantêm-se intacta.

As formigas rapidamente tiraram proveito das sementes que o tractor semeava, e que também ficavam expostas aos elementos.

O Darren Doherty criou o seu próprio método, a que chamou RegenAG, ou Agricultra Regenerativa.

O método keyline pode ser aplicado em ambientes urbanos, tanto quanto em ambientes rurais. Pode ser usado para planear o traçado de arruamentos, com conservação de energia, armazenamento de água e tratamento de efluentes. Durante o curso tivemos a oportunidade de ver alguns exemplos extremamente interessantes, como os da Biologic Design, de Jay Abrahams. Uma verdadeira fonte de inspiração.

Aqui o Darren explica como aplicar o princípio da keyline a propriedades de dimensão menos, muitas vezes localizadas abixo ou acima do keypoint.

Onde esteve o Sol Algarvio? Durante o curso o Sol teimou em esconder-se, e até apanhámos um pé-de-água jeitoso durante a noite. O curso foi fantástico, e todos adorámos o Darren. A sua maneira muito pragmática de ver a Permacultura e a vasta experiência no terreno convencem e convertem... venha o curso de "Gestão Holística"!
Um abraço, Darren, e muito obrigado à gente do Vale da Lama pela organização de curso!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Iniciam-se as “Conversas Abertas” na Biblioteca de Paredes sobre o Circuito de Arte Pública

No âmbito do Polo do Design de Mobiliário de Paredes, decorrerá no edifício original da Biblioteca Municipal de Paredes (antiga Escola de Conde de Ferreira), no próximo dia 2 de Dezembro, pelas 21h30, a primeira de uma série de “Conversas Abertas”, a propósito da implementação do Circuito Aberto de Arte Pública de Paredes, conjunto de 22 obras de arte contemporânea que serão instaladas na cidade de Paredes ao longo da primeira metade de 2012.
O Circuito foi lançado pela Câmara Municipal de Paredes, com a colaboração do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR) da Universidade Católica – Porto e insere-se na Parceria para a Regeneração Urbana que integra o Polo do Design de Mobiliário, instrumento cofinanciado pela União Europeia que visa requalificar não apenas a cidade do ponto de vista físico mas também contribuir para o desenvolvimento da indústria local do mobiliário e a criação de valor ao seu produto por via do design.
Estas Conversas, abertas ao público em geral, decorrerão em ambiente informal com figuras envolvidas na implementação do Circuito e com convidados cujo percurso pessoal e profissional as habilita a debater o tema da arte no espaço público.
As Conversas visam propor a todos os que residem e/ou trabalham em Paredes elementos de informação sobre o projeto em curso, avançar tópicos de discussão e de reflexão a ele associados e mobilizar a comunidade para receber o projeto de modo informado e crítico.
Especialistas e cidadãos terão oportunidade de conversar abertamente sobre um Circuito que valorizará e qualificará o espaço público da cidade de Paredes.
A primeira sessão terá como convidados o Arquiteto Belém Lima e representantes dos gabinetes de arquitetura And.Ré e Spaceworkers, estando a moderação a cargo do jornalista Tito Couto.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Outros bancos são possíveis

Um Banco que não tem o lucro como objectivo? 
Era uma vez uma cooperativa com 36 500 membros que também eram proprietários de um banco no qual esses membros emprestavam dinheiro uns aos outros sem taxa de juro. 
Não se trata de um conto de fadas, esse banco existe, situa-se na Suécia e chama-se JAK Medlemsbank
Além de ser uma banca, esta associação é sobretudo um movimento social criado em 1965 e reconhecido oficialmente como banco em 1997. 
Este sistema financeiro inovador está assim muito próximo da economia real, não necessita de ir buscar dinheiro nos mercados financeiros, prova que é possível emprestar dinheiro sem juros e que existem soluções para uma sociedade mais justa. 
O sistema é relativamente simples, um associado que necessita de um empréstimo, terá, ao mesmo tempo o que o reembolsa mensalmente, de criar uma conta paralela de poupança de igual montante durante o mesmo período do empréstimo. No fim, quando acabar de pagar o empréstimo, poderá levantar a totalidade dessa sua conta paralela de poupança. Durante esse período, o banco vai utilizar essa conta poupança para financiar outros associados. No final o empréstimo não terá sido sujeito a qualquer taxa de juros. 
Um exemplo prático: 
Um dos sócios, com um depósito nulo no banco, necessita de 14 000 euros para um período de 11 anos. Vai ter de pagar: 
- 15 euros por mês de despesas de funcionamento 
- 106 euros por mês de reembolso do empréstimo 
- 106 euros por mês numa conta poupança obrigatória.

No total deverá pagar por mês 15 + 106 + 106 = 227 euros por mês.
Ao fim de 11 anos, o empréstimo estará pago e simultâneamente, a sua conta poupança terá 14 000 euros, que poderá levantar ou deixar para a eventualidade de ter de vir a pedir outro empréstimo e nesse caso terá que criar uma conta poupança obrigatória de um montante inferior. 
Numa economia como a nossa, baseada nas taxas de juros, o dinheiro é transferido dos mais pobres para os mais ricos, até se concentrar nas mãos de uma minoria. 
Actualmente a massa total do dinheiro que circula no mundo, é constituída, quase exclusivamente, pelo dinheiro proveniente das dívidas e das suas taxas de juros. Este dinheiro especulativo não assenta em qualquer valor real, isto é em bens e serviços. É o crescimento exponencial dessa massa monetária especulativa que irá acabar por atingir um ponte de rotura e provocará o desmoronamento da economia mundial tal como a conhecemos actualmente.
Esta iniciativa bancária prova que é possível construir uma economia sustentável e mais equitável.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Transição para a Permacultura nos Açores

O nosso camarada Luís Amaral, da Transição Braga, vai facilitar dois worshops bastante completos nos Açores, já este mês, sob o título "Iniciação à Transição para a Permacultura.
Os workshops terão lugar em Lagoa, na ilha de São Miguel, já este fim-de-semana - dias 5 e 6 de Novembro, e no fim-de-semana seguinte, em São Roque, na Ilha do Pico.
Alguns dos temas a serem tratados: Crescimento Ilimitado vs Decrescimento Sustentado; Crise Energética - Ameaças e Oportunidades; Iniciativas de Transição - Resposta da Comunidade; Cultura, Agricultura e/ou Permacultura; Dragon Dreaming.
O preço é de 15€ por um dia, 30€ por dois dias, com facilidades para desempregados, preços especial para casais e 10 presenças gratuítas para quem não tiver a possibilidade de pagar para assistir.
Um grande abraço, Luís, e lança as sementes para futuras iniciativas de Transição açoreanas!

Se eu estivesse nos Açores, Garanto que não deixaria de assistir!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Noite de Halloween

Digam o que disserem sobre o Halloween, para os miúdos é uma noite de festa, celebração, e isso por si deveria bastar. Na noite de 31 de Outubro, algumas das nossas crianças juntaram-se num grupo e foram tocar às campainhas de alguns dos membros de Paredes em Transição

Doces ou travessuras?
Com esta actividade os miúdos divertiram-se, os graúdos também, e deu para aprender mais qualquer coisa.

Como dizia acima, com esta actividade deu para aprender qualquer coisa. Por exemplo, para o próximo ano vamos pedir aos que prescindem das travessuras para substituir os chocolates, rebuçados e chupa-chupas por nozes, biscoitos caseiros e coisas do género.

 Os miúdos provavelmente não acharão muita piada, mas vamos ver o que acontece.

Bruxinhas, João-Lanterna, Esqueletos... também assim se constrói comunidade.
Outra ideia para o próximo ano é, igualmente, alargarmos o raio de acção dos miúdos, engrossar o grupo, e eles levarem com eles uma mensagem relativa à necessidade da comunidade efectuar a sua transição para um futuro mais resiliente e menos dependente dos combustíveis fósseis.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Foi Assim no Curso de Iniciativas de Transição em Sintra

Esta entrada no blog estava prevista há já tanto tempo, mas mais vale tarde do que nunca, e esta entrada não podia faltar. O curso de iniciativas de Transição que decorreu em Sintra nos dias 17 e 18 de Setembro foi simplesmente fenomenal. Não! Foi mesmo, acreditem! Para começar, a qualidade da organização dos colegas de Sintra e das iniciativas da Grande Lisboa foi inigualável. Esta gente trabalha muito bem em conjunto.
Depois, o espaço. O Almáa Sintra Hostel, em plena serra de Sintra, ofereceu um espaço fabuloso para este curso.
A qualidade das formadoras. A sua simpatia e a maneira como conseguiram envolver os formandos.
O ambiente que se criou foi simplesmente fantástico.
A alimentação! Não me posso esquecer da alimentação! Estava óptima!
A cumplicidade que se sentia entre os organizadores.
Finalmente, as pessoas, todas elas.
Tudo isto contribui para que este curso em Sintra fosse inesquecível e, muito provavelmente, impossível de repetir. Perdoem-me se tudo isto parece exagero. Não é.

O curso, ou antes, o preâmbulo começou com uma apresentação sobre a tecnologia Dragon Dreaming, feita pelo José Soutelinho, na Sexta à noite. 

Aqui, a Mandy Dean, uma das duas formadoras que vieram do Reino Unido para dar esta formação.

Um exercício em que os formandos se organizavam por grupos de 7, recebiam fichas com informação sobre o pico do petróleo ou alterações climáticas e depois, em conjunto, construíam a explicação sobre o que consiste o assunto em questão e porque é urgente lidar com ele.

 
Aqui a May East, a nossa formadora brasileira que nos chegou de Findhorn, na Escócia, no que deve ter sido a primeira sessão sobre transição interior com o auxílio de um megafone... Not.


A corrida aos biscoitos que a Filipa Pimentel, coordenadora dos hubs nacionais da Transition Network nos trouxe de Bruxelas.
Este cão, no dia seguinte, saltou para um lago coberto de lentilhas-de-água, pensando tratar-se de um relvado. Minutos mais tarde uma criança fez a mesma coisa. Não, não tenho fotografias desses momentos.

Quem será, quem será? Qual será o próximo grupo a representar, por teatro, um dos 12 passos da criação de um movimento de Transição?

As refeições foram primorosamente preparadas por um grupo de voluntários na cozinha do Almaa Hostel. Deixa ver, foi na Sexta à noite, no Sábado ao almoço, no Sábado ao jantar, no Domingo ao almoço e ainda sobrou para o jantar de Domingo, para os que ainda permaneceram, para ajudar a desmontar as infra-estruturas. Esta gente trabalhou no duro e voluntariamente para nos alimentar! Estou-lhes tão agradecido!
Quais os vários cenários possíveis para um futuro não muito longínquo? Tecnofantasia? Decrescimento criativo? Mad Max?

Sim, tivemos algum vento e no alto da Serra de Sintra fez algum frio...

E assim que cada grupo terminava a sua apresentação, cada elemento podia servir-se com um chocolate de soja oferecido por um dos patrocinadores. (Os colegas de Sintra e das outras iniciativas da Grande Lisboa trabalharam bem!)

A festa no Sábado à noite, à volta da fogueira.

O Maurício do Fojo foi um dos animadores na festa, para além de ser um dos cozinheiros voluntários que nos alimentaram tão bem!

Esta imagem dá uma boa ideia do que foi a festa...

E esta também...

A May, na manhã seguinte, pronta para mais um dia intenso.

E a Mandy. parece que vai voar... Já não me recordo que momento foi este.

Explicando no que consiste a tecnologia open space. Ora vejam lá a abelha polinizadora, que escuta aqui, conta ali, e a borboleta, que escuta aqui, escuta ali... 

O Luís Amaral (Transição Braga), a Natália Escada, a Filipa Pimentel e o Marcos Pais, da Aldeia das Amoreiras.

Exercício de espaço aberto/open space.

Exercício de espaço aberto/open space.

Exercício de espaço aberto/open space.

Exercício de espaço aberto/open space.

Exercício de espaço aberto/open space. A Natália Escada, de Castelo Branco, duas representantes do município do Barreiro e a Manuela Araújo, de Famalicão em Transição.
Exercício de backcasting. Como queremos que seja o futuro daqui a 20 anos, e que passos teremos que dar para lá chegar?

Exercício de backcasting. Como queremos que seja o futuro daqui a 20 anos, e que passos teremos que dar para lá chegar? (os vários passos nos post-its coloridos).
Aqui, o nosso colega Juan del Rio, de Barcelona en Transició, na hora das despedidas. Isto foi antes do abraço de caracol.


Apoiado!


Talking stick. Quando sentíamos que o que tínhamos dizer era mais importante, pegavamos no pau maior. Foi a intervenção de despedida da May.

O abraço de caracol, que o Juan nos ensinou. Uma pessoa ficava no meio e as outras formavam espirais à sua volta, e à volta umas das outras até formarmos um único abraço comunitário.


Imagem de grupo. Onde está a Natália?


Até uma próxima reunião! Foi um prazer ter ajudado a dar este curso, foi um prazer ter encontrado amigos da Transição que já não via há algum tempo, foi um prazer fazer tantos amigos novos!