Paredes em Transição

O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.

sábado, 31 de julho de 2010

Construção de um Canteiro de Capilaridade




Estes dois vídeos foram produzidos durante o workshop " DO MEU LIXO CUIDO EU", dinamizado pelo movimento de Transição Granja Viana, no Estado de São Paulo, no Brasil.
Este era o texto que acompanhava a divulgação do workshop:
Oficinas de Compostagem e Canteiro de Capilaridade - Os Worshops funcionarão baseados na pedagogia da pergunta, ou seja, ao invés de supor o que devem querer saber os participantes ou de um programa fechado com informações, a abordagem será por meio de estabelecer uma comunicação dialogal desde o primeiro momento.
A partir das demandas apresentada pelo grupo, iremos cobrir os seguintes assuntos:
- O que é lixo e o que não é lixo. Uma tipologia.
- Ciclos de vida e ciclos de morte na cidade
- Restos de comida, restos de cozinha, restos comerciais, restos de fornecedores
- Manejo de resíduos
- Métodos existentes: Lixeira viva, green cone, pequena pecuaria urbana, lixeira bokashi, lixeira LA TRIBU, entre outros
- A impermeabilização e a produção de alimentos
- De consumidor a produtor
- usando o material compostado como fonte de adubação e fechando o ciclo da vida.
- manejo da água com sabedoria
- por que capilaridade.

- PARTE PRÁTICA - construção de um lixeira viva e um canteiro de capilaridade, em cada um dos workshops, ensinando o passo a passo.

MATERIAIS:
-As caixas para construção das duas lixeiras
-Brocas - (iremos levar)
-Rastelo pequeno - iremos levar
-Torneiras para as lixeiras - iremos levar
-Minhocas vermelhas da califórnia - iremos levar
- Duas caixas de isopor utilizadas para transporte de salmão. Onde conseguir? Em restaurantes na sua região, no mercado municipal, em restaurante japonês. Eles jogam este material altamente poluente fora todo dia!!!!!
- Cepilho de madeira - em qualquer marcenaria eles te dão - o suficiente para encher uma das caixas serve às duas com sobra.
- Cano de PVC de 40mm (esgoto de pia , do mais barato e se possível daqueles que sobraram de construção)
- Terra preta algum adubo orgânico, calcario calcitico ou dolomitico, pó de osso ou de ostra. vende-se em casas de jardinagem em pacotes de 1 kilo (vamos usar uma colher de sopa só para cada caixa)
- Um tubinho desses de chuveirinho de banheiro (pode ser velho e usado ou qualquer coisa similar.)
- Arco de serra
- Mudas de alguma coisa (calcule umas dez por caixa)
- Folhas ou resto de grama (um pouco para servir de cobertura morta.

Instrutores: Claudio Oliver e Eduardo Ferniman - Coletivo Casa da Videira - Curitiba
Apoio: Transition Granja Viana e Red Del Camino - A.L.

domingo, 25 de julho de 2010

A Scottish view on transition

Olá a todos!

I am new to Paredes em Transição, I write mostly in English, mas também posso escrever em Português. Better I avoid it though because of all the horrible errors I will make.

I have so much to say and to contribute! And so little time:(
So first of all, here is a link to a blog post on our little community gathering here in Vale do Minho, which includes a wide network of friends from Southern Galicia (Vigo, Porinno, Covelo, Cangas, etc.).

http://wolfeintransition.blogspot.com/2010/04/power-of-community.html

Before arriving here two years ago I presented a paper on "
Peak Oil and the Impact on International Development" to the UK Government "All Party Parliamentary Working Group on Peak Oil and Gas". I have been studying peak oil, climate change, ecological construction, renewable energy and sustainable land use since 2006. Before that I worked for around 15 years in humanitarian emergencies in Bosnia, Africa, Asia and Central America for NGOs and later the UN.


Pedreiro João Camula a fazer o novo muro com granito
Now we are rebuilding a stone ruin on a property near Monção, Vale do Minho, to get some more hands on experience on how to use these alternative, often traditional materials and systems.

Our aim is to learn how to work with building materials that do not pollute the local or global environment. Natural materials in other words, which offer a more pleasant home to inhabit. But we also want to model the economic impact of these material choices: are they cheaper or not?
How many people know how to work with wood and stone and earth and straw? Will we need to prepare training and education modules for local
people to become aware of these alternatives?


Taking tiles off old house, for re-use on Alambique

Same tiles, onto alambique roof - made using local wood and breathable membrane material
Força!

Magnus e Monica

sábado, 24 de julho de 2010

Rob Hopkins: Transição para um mundo livre de petróleo

Rob Hopkins lembra-nos que o petróleo barato, do qual a economia do Mundo depende, está a chegar ao fim e propõe uma solução para o problema - o "Movimento de Transição", através do qual nos preparamos para uma vida livre do petróleo e sacrificamos um pouco os nossos luxos para construir sistemas e comunidades independentes de combustíveis fósseis.
Nota: Quem desejar ver o documentário com legendas (disponíveis em Português e em várias outras línguas) poderá fazê-lo clicando no link "View Subtitles" abaixo e seleccionando a língua pretendida.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

The Story of Cosmetics (2010)

Um documentário bastante interessante sobre a toxicidade nos componentes de cosméticos e produtos de higiene pessoal.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Mini-permablitz em Casa da Raquel

Este fim-de-semana que passou invadimos a casa da nossa amiga Raquel, munidos de uma quantidade de mudas de plantas (se não me falha a memória, houve tomateiros, pimenteiros, dois tipos de manjericão, cravos-túnicos, batata doce e butternut squash, também conhecida como abóbora-cheirosa - fantástica para filhoses!). Não foi preciso levar ferramentas, pois a Raquel e o Nuno estavam bem equipados e não faltou nada.
O terreno estava bastante seco, com falta de cobertura vegetal adequada, mas esse factor contamos resolvê-lo com o tempo e a batata doce, se pegar.
Como já estamos muito adiantados na época, não temos qualquer garantia que vá funcionar, mas o objectivo foi mesmo entusiasmar a família para os encantos da produção de parte dos alimentos que consumirá. As abóboras só deverão ser colhidas no fim do Outono, e a batata doce poderá até aguentar-se até ao próximo ano, pelo que ainda há esperança ;-)

Se conseguir vingar, esta abóbora-cheirosa poderá trepar pela vedação e até expandir-se sobre o vazio.

Esta outra beneficiará do efeito de orla proporcionado pelo muro. Tentou-se cobrir o solo da melhor forma com as ervas que cobriam o canteiro.

O mesmo com os tomateiros.
O Filipe divertiu-se imenso!

Na verdade, todos os miúdos se divertiram imenso.

Mais uma vez, fazemos uma utilização abusiva do termo Permablitz, mas o objectivo é vir a termos verdadeiros permablitzen no futuro.

Penso que a Raquel terá documentado melhor a actividade, pelo que quando ela me disponibilizar as imagens que tirou, adiciona-las-ei a esta entrada.

domingo, 18 de julho de 2010

Exercício: Paredes em 2030

Gostava que me acompanhassem neste exercício:

Imaginemos que percorremos a Avenida da República (ou outro qualquer local de Paredes) daqui a 20 anos (quando eu estiver quase a fazer 60 anos!). Imaginemos que durante todos estes anos nada fizemos para mudar o curso dos acontecimentos e as coisas não aconteceram, de todo, como esperávamos. É 2030. Sucessivos Governos não nos prepararam em condições para enfrentar o fim dos combustíveis baratos (que acabou por nos bater à porta), e o efeito das alterações climáticas têm-se feito sentir da pior maneira. Dos efeitos da crise do sistema financeiro, então, é melhor nem falar. Ignorámos todos os sinais de alerta que iam aparecendo, e continuámos com as nossas vidinhas como se nada disto fosse connosco. E qual foi o resultado?

2030… Tentemos descobrir o que se passa em Paredes. Em que situação vivemos, qual a origem do sentimento de desânimo que se vê cunhado nas expressões das pessoas que passam… Como é que elas vivem? Como é que se dão entre si? Se conseguíssemos enviar uma mensagem de aviso para nós mesmos em 2010, o que é que diríamos? Onde é que errámos? Pensem nisto…

Voltemos agora ao presente e tratemos de digerir o aviso que nos chegou do futuro.


Viajemos de novo para o futuro, mas desta vez para um futuro onde as coisas correram bem. Imaginemos que percorremos a Avenida da República (ou outro qualquer local de Paredes) em 2030, e o sentimento geral à nossa volta é de um optimismo surpreendente. 20 anos atrás os cidadãos decidiram mobilizar-se para criar um futuro melhor, e as coisas acabaram mesmo por correr melhor do que se esperava. Paredes é uma comunidade em Transição bem sucedida, conseguimos dar resposta aos vários desafios e alterações que se nos foram deparando, e as surpresas agradáveis são muitas.

Imaginemos como é a nossa vida neste futuro desejável. O que se passa à nossa volta? As pessoas parecem felizes, contentes com as suas vidas… qual a origem deste sentimento? Qual a razão principal para as pessoas se sentirem assim?

Como comunidade em Transição bem sucedida, Paredes consegue viver bem com menos combustíveis de origem fóssil. O que mudou? Como se processa a mobilidade de pessoas e bens? Em 2030, como aquecemos as casas no Inverno? Como são os cuidados de saúde? O que se ensina nas escolas? Qual o aspecto da Avenida da República (ou qualquer outro local de Paredes que escolheram para esta viagem ao futuro)? O que se passa nos nossos jardins, hortas e vizinhança? O que aprendemos duramente até chegarmos aqui? O que é que nós próprios fizemos para ajudar a chegarmos a este ponto? Se conseguisse falar comigo mesmo em 2010, que mensagem deixaria que nos pudesse ajudar a preparar de forma positiva às mudanças que nos esperavam?


Regressemos, de novo, ao presente. Tentemos escutar os conselhos e conhecimentos que obtivemos do futuro. Em que é que este cenário difere do futuro negativo que visitámos anteriormente? Tentem ser objectivos e sistemáticos na vossa análise de comparação.


Se o exercício correu como esperado, neste momento todos estaremos de acordo que é essencial que nos mobilizemos para fazer qualquer coisa. JÁ!


Do mesmo modo que cheguei à conclusão que o modo de vida que levamos é manifestamente insustentável, e que, a dada altura terá, forçosamente, que dar de si, com as inconveniências que irremediavelmente trará às nossas vidas, à nossa família e à nossa comunidade, descobri que em alguns pontos do Globo grupos de cidadãos se organizam, ganham influência, agarram a atenção dos media, interagem com o poder local e conseguem levar a água ao seu moinho. Estes grupos, pouco a pouco, estão a conseguir recuperar algum controlo sobre o modo como as coisas se processam na sua comunidade. Estes grupos organizam-se nacionalmente e conseguem, sem um único press release, fazer-se acompanhar pelos media nacionais, fazer com que um Ministro (Ed Miliband, do Reino Unido) aceite o convite que lhe foi feito para participar numa conferência como "Ouvinte" (e não orador), ou que o Ministro que lhe sucedeu tivesse convidado os líderes do movimento para serem consultados no que toca à nova política nacional (do Reino Unido) de energia e combate às alterações climáticas.

Ao contrário da aparição de uma nova fonte de energia limpa que possa substituir o petróleo na escala em que o utilizamos, o que leram acima não é ficção. Aconteceu noutros locais e poderá ser replicado em muitos mais.

Já devem ter-se apercebido que estou a falar do Movimento de Transição.

Ao contrário do movimento ambientalista, que em 40 anos de luta pode contar muito poucas vitórias, o Movimento de Transição, com o seu modo peculiar de evitar recriminações e capitalizar na boa disposição e no enriquecimento pessoal dos intervenientes, desde 2006 que se espalha pelo mundo como rastilho de pólvora, com os resultados que já se podem ver.


Em Paredes temos tudo a nosso favor para conseguirmos fazer vingar este movimento: temos capital humano; temos um conjunto de boas cabeças; temos criatividade; iniciativa; temos instituições que já manifestaram vontade de colaborar connosco, só falta mesmo o SEU envolvimento.

Venha juntar-se a nós!


Este exercício foi baseado num outro desenvolvido por Hermione Elliott, da Transition Town Lewes, que se inspirou no livro: Life Changes through Imagework, de Dina Glouberman.

sábado, 17 de julho de 2010

In Transition 1.0

Para todos os interessados em conhecer melhor o movimento de Transição. Um documentário a não perder. Assistam e partilhem com os amigos.

In Transition 1.0 from Transition Towns on Vimeo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

E de Nuestros Hermanos...

El escarabajo verde: Pueblos en transición!

Documentário sobre o Movimento de Transição em Maiorca.



¿Puede imaginarse una vida sin petróleo? ¿Qué pasaría si mañana el petróleo se convirtiera en un bien escaso y caro? La sociedad industrial se instaló en la historia de los seres humanos aportando desarrollo y riqueza pero haciéndola dependiente del transporte. Una de las respuestas a esta dependencia del petróleo la protagonizan aquellos que defienden un modelo de vida más autosuficiente y mucho más local.

Los avisos de que quizá se ha llegado al límite y de que se impone una revisión llegan desde varios lugares. Aquí en Europa, fue Rob Hopkings, un arquitecto, quien empezó a crear escuela en Inglaterra. Su manual sobre los pueblos en transición empezó a divulgarse y ha sido el pequeño municipio de Totnes -3.000 habitantes- donde están iniciando esa transición hacia el cambio. Mientras tanto, otras localidades europeas también siguen por este camino.

En España, existen algunos grupos, de momento aislados, que están intentando unirse para iniciar lo que en inglés se denomina transition towns. Una de las experiencias que en estos momentos se está intentando desarrollar está en Mallorca. La isla es una buena referencia para ubicar esta dependencia del petróleo.


Leia mais aqui.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Transition Primer em Português!

Leitura imprescindível para todos os interessados sobre o Movimento de Transição!
Se desejar, aceda a este link para descarregar a versão pdf.
Boa leitura!

Horta Biológica em Guimarães

Outros movimentos, com outros nomes, mas um único objectivo.
Aqui fica um vídeo (crédito à RTP) com uma reportagem sobre uma horta biológica em Guimarães.


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ecomorfose

Nesta época em que diariamente aparecem milhentos novos projectos na Internet, confesso que poucos me cativaram como este que aqui partilho convosco.

O Ecomorfose - é assim que se intitula - encantou-me pela sua filosofia, pela simplicidade, e pela ausência de proselitismo, muito comum em projectos de activismo ambiental ou social.

Em perfeita sintonia com o conceito de transição, esta página é um registo dos passos que o autor tem tomado no sentido de reduzir a sua pegada ecológica. Como ele diz: "Ecomorfose é a revolução eminente que irá voltar novamente as pessoas para as suas comunidades, para o respeito pela natureza, para a resiliência e sustentabilidade, para a produção local, para a independência de governos e indústrias e para a disponibilidade em ajudar outras pessoas e o ambiente". No fundo, um processo de transição pessoal.



Ecomorfose é obra de Ricardo Marques, presidente do Núcleo do Porto da Quercus, e mais do que um repositório de experiências, é um compromisso do autor de viver de acordo com os princípios em que acredita e advoga, mostrando-nos que não é assim tão difícil nem oneroso reduzirmos a nossa pegada ecológica.

Como diz o Ricardo, "Este é um local de ensaio e partilha de soluções. Não é um regresso ao passado, é usar o que de melhor se fazia, misturar com o melhor que se faz no presente para construir um futuro melhor".

Nas várias secções do site, o Ricardo explica-nos sucintamente como poderemos construir uma sistema solar térmico caseiro para aquecer água, como plantar vegetais na varanda, ou construir um lago que aumentará a biodiversidade de espécies num quintal, por menos de 100 Euros.

Todos somos convidados a participar. A frase "a inércia é uma arma de destruição massiça" faz todo o sentido.

domingo, 11 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Oficina de Reutilização

Um dos 12 ingredientes do Modelo de Transição é "Reaprender as Artes e Ofícios", internacionalmente conhecido como "The Great Reskilling", e consiste numa série de workshops que visam ensinar aos participantes artes como a produção de alimentos nos nossos quintais e terraços, a utilização de bolotas para confecção de pão e outros alimentos, aprender a conhecer plantas e fungos selvagens que poderemos incluir na nossa dieta, uso de materiais de construção alternativos, trabalhos de carpintaria, costura, etc., etc., etc.

O Núcleo do Porto da
Quercus tem levado a cabo, com bastante sucesso até, vários workshops nesta linha, que cobriram temas que vão desde as decorações de natal até à utilização culinária de plantas aromáticas e condimentares. Penso que deveria ter acrescentado que estes workshops decorrem de uma forma muito informal, num ambiente extremamente agradável.
No próximo Sábado a 8, dia 17 de Julho, decorrerá na sede do Porto (na Maia) mais um destes workshops, desta vez sobre a reutilização de papel já usado:


OFICINA DE REUTILIZAÇÃO

Durante muitos anos nos habituamos a utilizar o papel e em seguida deitá-lo fora muito facilmente. Mas nunca nos apercebemos que este pequeno gesto originou uma produção em massa de papel por parte das grandes empresas de celulose. Para a criação de uma resma de papel (com 500 folhas) é necessário 7% de uma árvore, ou seja uma árvore produz 15 resmas. Mas se pensarmos que por exemplo cada empregado de escritório gasta em média 20.000 folhas por ano, onde a maior parte acaba por seguir para o lixo já nos obriga a repensar que devemos adoptar estratégias que contrariem esses gastos.

Sabia que uma simples folha de papel demora cerca de 6 MESES até se degradar por completo?

Desta forma numa tentativa de alertar para o desperdício de papel que se faz diariamente a Quercus convida-o a participar na Oficina de Reutilização onde aprenderá a técnica do reaproveitamento do papel proveniente de revistas e jornais que se traduzirão em belos objectos muito úteis e por um preço nulo.

Participe e ajude este mundo a tornar-se um local melhor para viver!


OFICINA DE REUTILIZAÇÃO

Local: Quinta da Gruta

Dia: Sábado, 17 de Julho de 2010

Horário: 15h30 às 17h30

Formadora: Ana Moreira

*Valor: Sócio - 3€ / Não Sócio - 4€

Transferência bancária – 0035 0730 0003 2687 6307 6

*Inclui Certificado de Participação e todos os materiais necessários à execução da oficina.

Para mais informações contacte:

Quercus – Núcleo Regional do Porto

Quinta da Gruta, Rua João Maia, 540

4475-643 MAIA

Telm:931620212/Tel: 222 011 065

Email: porto@quercus.pt

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Transição Pessoal I

O processo de transição de uma comunidade para um futuro menos dependente de energias fósseis assenta no somatório dos vários processos de transição pessoal dos elementos que constituem essa comunidade. Se "pensar globalmente, agir localmente" faz todo o sentido, também o fará "pensar globalmente, agir individualmente".
Pela nossa parte, temo-nos esforçado em que uma cada vez maior proporção do que consumimos tenha origem local, passámos a produzir parte dos vegetais que consumimos e começámos, também, a aventurar-nos pelos processos de produção do pão, iogurte, compotas e queijo.
O que para muitos será uma coisa corriqueira, algo que sempre viram fazer, para nós é totalmente novo e tem sido uma aventura.

Uma fornada de pão. Uso uma mistura de farinhas de trigo, milho, centeio e farelo, que obtenho do Sr. João Moleiro, que ainda mói nas Pias, com a energia das águas do Rio Sousa.


Outra fornada de pão, acompanhada por doce de cereja. Os frascos vieram do IKEA, com compota, mas a resiliência também se constrói reutilizando recursos.


No ponto!


Estas foram as cerejas utilizadas para a confecção do doce mostrado acima. Digamos que tinham carne a mais e não deram para outra coisa... Para nós foi uma experiência nova!


Aqui temos pão, iogurte (canto superior esquerdo) e queijo (cremoso, no canto superior direito). O soro do leite (canto inferior direito) resulta do processo de fabrico do queijo, e é utilizado na confecção do pão.

Com estas experiências, temos economizado alguns €€€, mas acima de tudo tem sido uma aventura enriquecedora e divertida que temos partilhado com os nossos amigos, e que vos convidamos a experimentar, se nunca o fizeram.
Boa Transição! ;-)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Amigos de além Mar! Essa foi a matéria da Silvia Rocha para o site da Thereza!


Seleção Brasileira emplaca na Inglaterra



clique nas imagens para ampliar ::


Com instigante título “Is Transition in Brazil following the football road – created in England with the best players in Brazil?” (O movimento Transition Brasil está indo na mesma trilha do futebol – criado na Inglaterra, e com os melhores jogadores do Brasil?), uma equipe de 8 entusiasmadas brasileiras, sendo 4 granjeiras, apresentaram seus trabalhos na primeira conferência mundial do movimento Transition Towns, que aconteceu de 12 a 14 de junho de 2010 em Newton Abbot, Devon, Inglaterra. O tema brasileiro, inspirado no clima de Copa do Mundo, foi escolhido como o mais criativo da Conferência.

Do Site da Granja, Thereza Franco e eu tivemos o privilégio de representar a o TGV – Transition Granja Viana – juntamente com a idealizadora do movimento granjeiro, a arquiteta sustentável Isabela Menezes, e com a designer gráfica e de joias Dani Terracini, que vem traduzindo nossa imagem nos vibrantes logotipos do TGV.

Na Conferência, fomos acompanhadas por May East, brasileira que reside na Ecovila de Findhorn há quase duas décadas, especialista em sustentabilidade e diretora do Gaia Education, que foi quem apresentou o movimento mundial Transition Towns (TT) aos arquitetos sustentáveis Marcelo Todescan, Frank Siciliano e à jornalista e diretora da Fundação Stickel, Monica Picavea.

O tema que apresentamos foi: “Há menos de um ano desde que o primeiro treinamento de Transition Towns ocorreu no solo fértil do Brasil, a Transição vem se disseminando viralmente nos mais diferentes contextos sócio-econômicos. Esta sessão abordará como a Transição no Brasil está ocorrendo por meio de três estudos de caso:

  1. A Transição em comunidades abaixo da linha de pobreza, mas com alta resiliência, como o município de Serra, no Espírito Santo e Vila Brasilândia, bairro no norte da cidade de São Paulo.
  2. Transição na classe média e comunidades alternativas no Rio de Janeiro (bairros cariocas de Grajaú, Santa Teresa e o município de Petrópolis)
  3. Transição em bairros de classe média e alta, como o caso da Granja Viana, bairro composto por 7 municípios da zona oeste de São Paulo, há 12 quilômetros da capital (Cotia, Carapicuíba, Jandira, Osasco, Itapevi, Embu das Artes e Barueri). Apresentamos as 3 ações de sucesso na Granja Viana: Hora do Planeta na Granja, Feira de Trocas - AUescambAU e a campanha Voto onde Moro


Tivemos o privilégio de obter uma entrevista exclusiva com os criadores do Transition Towns, Rob Hopkins e Peter Lipman. Um dos pontos mais marcantes da entrevista, no meu entender, foi quando Rob nos disse que eles (do Transition Towns) é que tinham a aprender conosco, da América do Sul, principalmente no que diz respeito à nossa realidade com as populações menos favorecidas e vivendo em favelas. E disse-nos que queriam acompanhar de perto nossa transição, que poderá servir de modelo para muitas outras comunidades do mundo com realidades semelhantes.

Confira o vídeo:
Rob Hopkins message for Transition Brazil

E, nas palavras de um querido português participante da Conferência em seu blog, Miguel Ângelo Leal:


“Seleção Brasileira na Conferência da Transition Network 2010”

“Um dos grupos presentes na conferência da Transition Network 2010 que mais atenção despertou foi a delegação brasileira, composta por 8 transitioners no feminino: Isabela, Mónica, Sílvia, Taíza, Daniela, Maria Thereza, Zaida (a viver no Novo México, EUA) e May East (a viver na eco-aldeia de Findhorn, no Norte da Escócia). Com mais algumas pessoas oriundas do Brasil presentes na conferência, e considerando o Reino Unido como um todo, o Brasil foi, muito provavelmente, o segundo país mais representado neste evento!”

Entrevista com Rob Hopkins

“Esta selecção brasileira surpreendeu e, sem dúvida, deu que falar - não é por acaso que é referida por três vezes no blog de Rob Hopkins: Transition Culture. A alegria do grupo era contagiosa. Espalharam boa disposição e acabavam por atrair a si quem passava. Na última noite, foi possível escutar um grupo expressivo de participantes (que não falavam português) a cantar com sotaque brasileiro!”

“Penso que em Paredes poderemos aprender imenso com a experiência brasileira, e, sem dúvida, os protagonistas estão dispostos a ajudar-nos.”


Para quem quiser conferir o blog do Miguel Leal e seu texto sobre a Conferência, na íntegra, clique aqui.



Sílvia Rocha é jornalista e mestre em Comunicação Social pela ECA-USP. É poeta haikaísta*, pedagoga e tradutora e mora na Granja há 15 anos. É co-fundadora do Studio Vero, studio de design sustentável que fabrica presentes, mobiliário e displays na Granja Viana. Está prestes a publicar seu livro de poesias Caminho de haikais e, atualmente, trabalha no título O Caminho de São Francisco de Assis e outros caminhos.

* haikai: micropoema de 3 versos, de origem japonesa, inspirado na natureza.

e-mail: silvia@granjaviana.com.br