Paredes em Transição

O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Permablitz em casa da Vanda

Esta entrada não se deveria chamar Permablitz, uma vez que não foi um verdadeiro permablitz, onde são utilizadas técnicas de permacultura, mas foi a nossa primeira iniciativa deste género, no movimento Paredes em Transição, e como em tudo, servirá para retirar lições para o futuro. É, no entanto, um passo em direcção a uma resiliência incrementada para a família da Vanda, e por conseguinte para a comunidade em geral.
A actividade aconteceu já há algumas semanas, antes de este blog ter nascido, mas como tarde é melhor do que nunca, partilhamos agora o que foi feito com quem encontrar interesse neste tipo de iniciativa.
Neste caso, foram usadas técnicas e equipamentos convencionais, pois foi esse o desejo da Vanda, mas, quem sabe, no futuro podermos convencê-la a ir um pouco mais longe e tentar uma aproximação mais condicente com os ditames da permacultura.

Aparecemos em casa da Vanda com mudas de plantas, ferramentas e até alguns alimentos de nossa confeccção, como o pão que se vê na imagem e o já famoso elixir de flor de sabugueiro.

Primeira tentativa. O terreno revelou-se bastante compacto e difícil de ser trabalhado, de modo que a Vanda resolveu chamar a cavalaria, o que fez as delícias do Manuel Aguiar, que aparece abaixo a guiar o motocultivador.


De modo que enquanto eu abanava a cabeça, o Manuel - descendente de agricultores a sério! - tratou de preparar o solo. O terreno estava tão seco que se levantava uma nuvem de poeira.


Fase de meter as plantas no solo (neste caso tomateiros). À esquerda a Alexandra, à direita a Vanda. O pé que se vê é do Manuel.


(Achei que esta imagem estava com piada e não resisti a incluí-la).


Sim, sou eu. Plantando alguns tomateiros junto ao muro, para aproveitar o efeito de orla, em que, neste caso, o muro serve de reflector solar e termo-acumulador, o que, em teoria, deverá permitir um melhor desenvolvimento das plantas. Quando crescerem, os tomateiros poderão ser empados na rede acima do muro, evitando a necessidade de os estacar.
O motocultivador não conseguiu chegar aqui, mas isso não foi problema nenhum ;-) Sou adepto do cultivo sem o revolvimento do solo.


Nesta última imagem aparece a Vanda a regar os tomateiros junto ao muro, onde se pode ver uma camada de relva recém-cortada que eu tinha aproveitado para cobrir o solo à volta das plantas. Os tomateiros que se podem ver à direita foram plantados segundo o método convencional, com o solo a descoberto, e à espera se ser estacados. Espero que o futuro possa mostrar as vantagens do efeito de esposição, orla e não-exposição do solo. A rede para empar os tomateiros foi apenas um bónus.
Deixo agora a cargo da Vanda mostrar imagens do "Depois".

2 comentários:

MA disse...

Menina Vanda que tal enviar novidades sobre a sua plantação de tomates!

Miguel Ângelo Leal disse...

Sim, que queremos ver como as plantas evoluíram! ;-)