Paredes em Transição

O movimento Paredes em Transição é uma rede de amigos que vivem na cidade de Paredes, no Norte de Portugal, que partilham a preocupação de que a debilitante dependência em combustíveis baratos de que a nossa sociedade e economia padecem – e que não está a receber a devida atenção dos vários governos, que parecem actuar na premissa de que o petróleo barato e abundante continuará por cá em perpetuidade – possa vir a resultar em graves e imprevisíveis problemas de que a tecnologia não conseguirá livrar-nos, e que poderão afectar muito negativamente o nosso futuro e o dos nossos filhos. Saiba mais no menu Projecto.

domingo, 6 de março de 2011

Vale a Pena Começar uma Horta nas Alturas?

Sem dúvida! Mesmo durante o Inverno, a nossa tem-nos proporcionado com alimentos frescos, e mesmo com o clima rigoroso que de vez em quando aparece, as plantas têm-se aguentado.

Há coisa de umas duas semanas, caiu uma saraivada das antigas. À excepção de algumas alfaces novas que haviam sido plantadas um ou dois dias antes, as plantas sobreviveram.


O canteiro à esquerda, onde cresce os brócolos, já tem alguns meses. O da direita tinha sido feito há pouco tempo, como se pode ver pela terra que foi projectada contra a parede. 
Na caixa da esquerda podem ver-se, para além dos brócolos, alho francês, morangueiros e alfaces, que nasceram espontâneamente de sementes largadas por alfaces do Verão anterior.


A nossa filha de 4 anos preparando novos alfobres com embalagens Tetrapak, este fim-de-semana. 
Note-se a salsa, alface, brócolos e acelgas.


Brócolos antes de os colhermos, este fim-de-semana.

 Salsa e alface.


Acelgas. Sempre achei piada ao interior rosado.


Rabanetes que cresceram de sementes que trouxe de uma curs com o Sepp Holzer. Foram plantados na caixa que havia sido preparada pouco antes da saraivada. Adaptaram-se muito facilmente ao clima de Inverno do exterior. Os que costumamos cultivar, tendo sido replantados na mesma altura, não resistiram tão bem, e alguns estão mais para lá do que para cá.

 Alfobres espontâneos de acelgas e rúcula, a partir de sementes de plantas do Verão anterior.


Salsa, orégãos, tomilho e morangos, tudo ao molho!

Entretanto, no vermicompostor caseiro as minhocas-vermelhas-da-Califórnia continuam ocupadíssimas a transformar o nosso lixo orgânico em composto... Por enquanto, só as temos deixado no exterior durante os dias mais quentes.


Alfobre de alface junto à janela da escadaria. Os vizinhos têm sido compreensivos :-)

Alfobres de cebola, rabanetes, manjericão, rúcula e cravos-túnicos. Também estamos a tentar sementes de tomate, pimento, abóbora-manteigueira e tamarilho.


A colheita de ontem.


E o resultado: esparregado de acelga (com azeite, alho, leite, queijo e pinhões), brócolos cozidos a vapor e rúcula fresca.


Contratempos? Bom, nem sempre tudo funciona. Temos eliminado lesmas às carradas! Sem dúvida o nosso maior contratempo.
Grande parte da última fornada de alfaces que metemos à terra foram eliminadas pelo frio, porque não cobrimos as caixas, e penso que alguns morangueiros também não resistiram, mas é o preço a pagar pela experiência. O segredo do nosso sucesso é deixar com que as plantas se adaptem ao clima, manter as caixas sempre com uma abundância de plantas, e usar a proximidade das paredes, que criam um micro-clima favorável ao crescimento. E agora que os dias estão maiores, já se nota um crescimento mais acelerado nas plantas. A Primavera promete!

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