Durante a nossa ausência, a nossa Horta nas Alturas foi tratada pela Alexandra e pelo Manuel Aguiar, a quem gostaríamos de agradecer o trabalho que tiveram a regar as nossas plantas durante as três semanas em que estivemos fora. Um muito obrigado para vocês também!
Entretanto, muitas das plantas cumpriram a sua função de nos proporcionarem alimento e passaram à fase reprodutiva – espigaram.
Agora que a época de crescimento chegou ao fim, é altura de recolher sementes para as próximas sementeiras e fazer um balanço da experiência.
Durante as férias, tentei dar uma ideia a um amigo meu da variedade de vegetais que cultivámos nas nossas caixas no terraço e até eu fiquei surpreendido com os números que lhe apresentei. Tentando lembrar-me de todas as variedades, aqui vai:
- Quatro tipos de alface;
- Dois tipos de rúcula (uma destas variedades apareceu espontaneamente);
- Dois tipos de tomilho;
- Dois tipos de manjericão,
- Orégãos;
- Salva;
- Coentros;
- Cebolinho;
- Rabanetes;
- Acelgas;
- Cebolas;
- Dois tipos de tomates;
- Salsa;
- Mangerona;
- Alho-francês;
- Morangos;
- Segurelha;
- Pimentos;
- Linho (ainda não sei como apareceu...);
- Cravos-túnicos;
- Pimentão-doce;
- Trigo (uma experiência);
- Batata (um acaso!);
- Beterraba.
Obviamente, vegetais como as batatas, os tomates e pimentos não produziram quantidades que nos surpreendessem, assim como as beterrabas, as cebolas e os morangos também não atingiram, regra geral, tamanho comercial, mas não foram de desdenhar e o sabor compensava a pequena dimensão.
O objectivo primordial desta experiência era ver se éramos capazes de produzir algo que valesse a pena, que contribuísse para a nossa transição pessoal. Outro objectivo era mostrar que se nós, com uma experiência quase nula em matéria de horticultura (muitas vezes com o auxílio de livros!), num espaço exíguo, e por muito pouco dinheiro conseguimos fazer crescer toda esta variedade de produtos com um aproveitamento prático (e isso ficou bem provado - ainda ontem, só com parte do manjericão que temos nas caixas consegui fazer 4 frascos de molho Pesto em conserva!), qualquer pessoa pode!
Resta acrescentar que a água usada foi em grande parte água aproveitada dos banhos – já imaginaram a quantidade de água que se perde diariamente só enquanto esperamos que a água no chuveiro aqueça? - e outras lavagens.
É, agora, altura de pensarmos em conservar sementes, culturas de Inverno e em melhorarmos o sistema. Também queremos instalar introduzir um sistema para aproveitamento da água da chuva e outro de vermicompostagem (se alguém nos quiser oferecer as minhocas, recebe-las-emos com muita satisfação), mas isso já serão entradas futuras para este blog.
Já agora, se alguém estiver interessado em sementes de alface, rúcula, majericão, rabanete, acelga, cravos-túnicos, oregãos, etc... é só dizer. Temos de sobra.
1 comentário:
Resta-me acrescentar que este ano utilizamos os nossos próprios produtos em sopas de boa qualidade, que tanto agradaram à nossa filha de 4 anos, assim como, este verão consuminmos saladas frescas e variadas. A experiência é para continuar..
Quem sabe, se em breve nos mudaremos para um espaço maior para podermos proporcionar à nossa filha não só vegetais de boa qualidade como, também, um desenvolvimento em contacto com a natureza...
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