A vindima, uma das nossas mais belas tradições, é um dos melhores exemplos que temos da força da entre-ajuda entre os elementos de uma comunidade. Desde tempos remotos, a filosofia sempre foi: tu ajudas-me hoje, eu ajudo-te amanhã. Se não fosse assim, o custo de uma vindima seria proibitivo. No passado, as nossas comunidades eram muito mais resilientes, e em grande medida auto-suficientes.
Hoje as coisas são diferentes, e muitos produtores têm que contratar vindimadores, recrutar a família, e em alguns locais até já há gente que paga para vindimar!
No Sábado passado juntámo-nos, cerca de 20 pessoas, para ajudar na vindima do meu tio. Uma espécie de família alargada. Curiosamente, algumas das pessoas presentes só se vêem uma vez por ano, nesta vindima! Tem sido assim há anos e anos.
No Sábado passado juntámo-nos, cerca de 20 pessoas, para ajudar na vindima do meu tio. Uma espécie de família alargada. Curiosamente, algumas das pessoas presentes só se vêem uma vez por ano, nesta vindima! Tem sido assim há anos e anos.
Para as crianças, é altura para se encontrarem, brincarem e criarem memórias para o futuro. Assim se cria uma tradição familiar.
Hoje, o tractor é um instrumento fundamental de qualquer vindima. Sem o tractor para transportar os cestos de vindima dos socalcos mais baixos da vinha para o local de recolha, no topo da propriedade, e mais tarde até à adega cooperativa, toda esta operação seria, hoje, impensável.
No passado usavam-se burros e carros de bois. E os costados das pessoas. No futuro, quando o preço do petróleo atingir picos incomportáveis para a maioria dos agricultores, como será?
A família reunida à volta do almoço, e rejúbilo geral. No próximo ano lá nos veremos!
A entre-ajuda que teima em perdurar nestas vindimas familiares é um bom exemplo da dinâmica que queremos recriar com o nosso movimento de transição em Paredes. Incentivar os vários elementos da comunidade a juntarem-se num esforço comum para tornarmos Paredes mais resiliente, cultivarmos um maior sentimento de pertença entre os nosso cidadãos, aprendermos uns com os outros, incentivar-mo-nos uns aos outros, e criarmos um ambiente melhor na nossa comunidade. O desafio está aí. Quem quer dar o passo?
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