Já andava há imenso tempo para colocar aqui as impressões e imagens recolhidas na conferência do movimento de Transição deste ano, em Liverpool, mas uma terrível falta de tempo impediu-mo de o fazer.Valeu-nos o post colocado atempadamente pela nossa amiga brasileira Isabela de Menezes, da Transition Granja Viana. Mas como disse o José Alberto no post anterior, melhor tarde do que nunca, por isso aqui vai:
Este ano, ao contrário do ano passado, não fui o único português na conferência, e estivemos lá 5. Da esq. para a dir., eu, o Filipe Matos de Telheiras, o Luís Bello Moraes - que nome fantástico! - de Portalegre, o João Oliveira de Telheiras e a Filipa Pimentel de Portalegre. Nesta imagem celebrávamos um desenvolvimento que se seu no segundo dia, e que num post posterior se revelará.
Um dos workshops que teve especial interesse para mim foi o "Introducing the Ingredients of Transition and Transition as Cookery", pelo fundador do movimento, Rob Hopkins. Basicamente, durante alguns anos, Hopkins identificou os vários ingredientes e ferramentas que permitiram a vários movimentos de Transição afirmar-se e seguir em frente. Neste workshop foi testado, pela primeira vez, uma nova ferramenta que poderá ajudar os vários grupos a identificar as suas falhas e corrigir o seu percurso. Nesta experiência, cada um dos ingredientes foi transportado para uma carta, parte de um baralho que conta com todos os ingredientes
A audiência foi dividida em 4 grupos. Cada grupo recebeu um baralho de cartas e foi escolhida uma pessoa que representasse o movimento de Transição mais experiente. As cartas foram distribuídas pelos restantes elementos, e enquanto o narrador ia descrevendo o percurso do seu grupo, as cartas correspondentes a cada um dos passos descritos era lançada para o centro do grupo. No final da história, fazia-se uma análise com as cartas que restaram.
No caso do meu grupo, a narradora havia estado associado à Transition Nottingham, um grupo que acabou por se desintegrar por desentendimentos entre alguns dos seus intervenientes, e foi bastante interessante ver a reacção dela à medida que as cartas sobrantes iam sendo apresentadas: não fizemos isso (ingrediente); também não fizemos isso, isso também não, nem isso... muito revelador da importância de certos ingredientes como parar para avaliar o progresso do grupo, contabilizar os sucessos, celebrar...
Nesta imagem podemos ver o interesse com que o Rob Hopkins segue o desenrolar do grupo da Mandy Dean (Transition Bro Ddyfi, País de Gales). Como foi dito acima, foi a primeira vez que esta experiência foi feita, e os resultados foram reveladores: uma excelente ferramenta que poderá ser usada pelos vários grupos ligados ao movimento de Transição e não só para avaliarem o seu progresso.
Nesta imagem aparecemos com o Juan del Río, de Barcelona en Transició, um colega biólogo que fez a sua tese de mestrado sobre o movimento de Transição. Boa, Juan!
As noites foram animadas pelo colectivo Moving Sounds, com Ed Wade-Martins na voz. Aqui temos a Filipa com os big red shoes - já não me recordo do nome da música, mas basicamente dizia que a nossa pegada ecológica é grande de mais.
Aqui, o João Oliveira em pleno ar, com os big red shoes.
O Luís... no Sábado à noite os Portugueses arrasaram, e foram tema de conversa durante o resto da conferência. Foi bom, foi bom...
O que o Ed Wade-Martins chamou "Disco freeses".
Mais "Disco freeses"
Aqui, uma sessão no Domingo de manhã, em que se criava uma visão de percurso do nosso grupo durante os próximos 10 anos... No meu grupo, o David Allen (Transition Town Reading), o Maurice Ridel (Suíça), a Jane Baker (Transition Newton Abbot) e a Ruah Swennerfelt (Transition Charlotte, Vermont, E.U.A.)
O David, explicando o nosso esquema.
No Domingo à tarde, eu e a Filipa fomos entrevistados para o filme In Transition 2.0...
Entretenimento no bar no Domingo à noite: "Open Mic with Mike Grenville". Aqui, o Ed Wade-Martins e os Moving Sounds, mais uma vez.
Na Segunda-feira de manhã, a apresentação do grupo do Brasil: Forests invading cities: "Latest on Brazil turning the tide", ou "Florestas invadindo as Cidades: Últimas do Brasil, revertendo a maré".
Foi uma das apresentações mais memoráveis da conferência, que contou com praticamente todo o concelho da Transition Network, e a comitiva portuguesa em peso.
O final da conferência, na capela da universidade, com o Peter Lipman a encerrar os trabalhos.
Havia um placard intitulado "Transition Worlds", onde os vários participantes podiam colocar as colagens que faziam com as imagens disponibilizadas por vários grupos. Este é o trabalho que o nosso Luís B. Moraes lá deixou, e só tenho pena de não ter conseguido uma imagem mais nítida :(
Na despedida: Stephanie Bradley, Inez Aponte, Naresh Giangrande, Filipe Matos, Luís B. Moraes, Filipa Pimentel, Juan del Río, Peter Lipman, João Oliveira e Miguel A. Leal.
Tal como no ano anterior, esta conferência trouxe imensa inspiração e motivação para regressar a casa e fazer rolar este projecto Paredes em Transição.
3 comentários:
Olha obrigado p'lo comentário! ;)
Já tenho saudades daquele belo gangue de tugas que lá se formou. Acredita que não se esquecem de nós tão depressa!
Grande abraço meu amigo
Luis BM
Cheers mate!
Não esquecem não! Vão falar de nós até à próxima conferência! :)))
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