Devido à que a organização da sessão de esclarecimento com a ASAE e as Finanças nos exigiu, em que em algumas ocasiões tínhamos mesmo que desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo, não tivemos a oportunidade de ir tirando bons apontamentos do que ia sendo dito. Por outro lado, também acabámos por não ter acesso à apresentação da ASAE, a partir da qual pensávamos extrair informação para aqui partilhar.
Assim sendo, agradecemos à Ana Azevedo, de Famalicão em Transição, que se deslocou a Paredes para assistir à sessão e que, ela sim, tirou bons apontamentos, que partilhou no blog Famalicão por um Mundo Melhor, onde o grupo dá a conhecer as suas actividades, por nos deixar partilhar, também aqui, uma boa parte do que na sessão foi dito.
Aqui fica:
“ Será que a ASAE deixa?” – Sim, deixa...
No dia 17 de  Dezembro, dois membros do grupo Famalicão em Transição foram até Paredes  assistir à sessão de esclarecimento “Será que a ASAE deixa? – Como  ajudar a produção local e o comércio de proximidade?”, uma iniciativa da  “Paredes em Transição – Associação para o Desenvolvimento Sustentável  de Paredes”.
Assim, nesta  sessão de esclarecimento estiveram à conversa Alberto Marimba  (Associação Paredes e Transição – PET), Miguel Leal (PET), Tito Couto  (moderador), José António Flores (A.S.A.E.) e Jorge Loureiro (Chefe das  Finanças de Paredes).
Aquilo que  aqui referimos são algumas indicações daquilo que é necessário para a  produção de géneros alimentícios, por isso, continua a ser indispensável  a leitura da respetiva legislação.
A legislação referente à maioria dos produtos que aqui são referidos está presente na Portaria nº 694/2008.
A associação  “Paredes em Transição” irá dentro em breve, responder por escrito a uma  série de perguntas feitas antes, durante e depois da palestra, bem como  os “resultados” da palestra. Para isso basta consultarem o blogue http://paredes-em-transicao.blogspot.com/.
Ovos – Despacho 10050/2009 de 15 de Abril 
Assim, numa produção doméstica:
·         Podem ser vendidos até 350 ovos por semana (máx. de 50 galinhas poedeiras); 
·         Estes ovos não precisão da marcação (que se vê nos ovos de aviário);
·         Quem os vender, tem de indicar o nome do produtor e o seu endereço;
·         Os  produtores têm de estar registados na DGV - Direção Geral De  Veterinária (que a partir deste ano se chamará DGAV – Direção Geral de  Agricultura e Veterinária).
Quanto ao mel, pode ser vendido até 500Kg por ano.
Produtos de pesca, podem ser vendidos até 150Kg por semana, não podem ser de mar e não precisam de passar pela lota.
O  leite cru pode ser comercializado num máx. de 50 litros por dia. O  leite deve estar oficialmente indemnes de brucelose e detubaculose. A  legislação referente ao leite pode ser encontrada no Art. 18º da  Portaria 638/2009.
No abate de aves e coelhos podem ser vendidos até 200 carcaças por semana, para isso:
- Devem requerer uma autorização prévia ao diretor geral de veterinária;
- Não é permitida, além do abate, eviscerações e esfola, qualquer outra operação de preparação de carcaças;
- O abate tem de ser feito, imediatamente antes da cedência da carcaça.
- Estanquicidade do local;
- Faculdade de limpeza e desinfeção;
- Água potável;
- Controlo de animais e pragas;
- Gestão de resíduos;
É preciso também ter  cuidado, pois as coimas, para a produção de produtos tradicionais, sem  permissão, vão de 500 a 3740 euros, para pessoas singulares, e de 500 a  44890 euros, para pessoas coletivas.
A produção de bolos e outros produtos caseiros estão especificados no art. 41 Regime especial de localização. Assim:
- A sua produção só é permitida se não violar o ambiente de uma forma anormal, ou seja, se a nossa habitação não emitir mais gases poluentes, se não exceder os valores normais de saneamento…
- Apenas são permitidos até 5 trabalhadores;
- Limite anual: 5000Kg.
Quanto a bagas  silvestres / cogumelos podem recolher-se até 5 Kg. Legislação: 254/2009  artigos 64 e 66. (AFN – Autoridade Florestal Nacional)
"O  trabalho da Direção Geral de Contribuições e de Impostos não é  fiscalizar produtos, mas sim, cobrar impostos" por issso é tudo muito  simples, tudo o que é vendido, está sujeito a impostos e as pessoas têm  de estar coletadas nas Finanças.
Por fim, queríamos agradecer à associação Paredes em Transição, por nos ter proporcionado esta sessão de esclarecimento.

 
 
2 comentários:
olá! Boa tarde, eu estive na vossa palestra, como dá para ver... e gostaria de saber como foi que fizeram a vossa apresentação (digital? espécie de power point... a que vocês fizeram para apresentar a PET - que estava realmente fabulosa!)
grata pela atenção,
Ana Azevedo
Olá Ana,
Obrigado pelo teu trabalho!
A apresentação foi feita com este programa: http://prezi.com/
É mesmo muito bom!Bom proveito!
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