Os 20 participantes tiveram a oportunidade de converter 18 litros de óleo de fritar usado numa enorme quantidade de sabões e sabonetes que, entretanto, ficarão a curar durante 2 semanas.
Tentámos ser criativos e usar vários tipos de resíduos nesta oficina, de modo que, para além do próprio óleo de fritar usado, usámos embalagens de leite, iogurtes e bolachas para enformar os sabões e sabonetes que fizemos, e também usámos baldes de cola para efectuar a mistura dos ingredientes. Até a medição de quantidades foi feita usando embalagens Tetrapak de litro usadas.
Para fazer sabão fizemos assim:
1. Diluímos 5 quilogramas de soda cáustica em 10 litros de água quente em três baldes
(balde 1: 2 quilogramas de soda cáustica + 4 litros de água quente)
(balde 2: 2 quilogramas de soda cáustica + 4 litros de água quente)
(balde 3: 1 quilogramas de soda cáustica + 2 litros de água quente);
2. Depois de feita a diluição, dividimos cada balde de soda cáustica líquida por dois baldes;
3. A cada balde foi adicionado 6 litros de óleo e/ou azeite usado
(o balde 3 recebeu apenas 3 litros)
4. Misturámos (com uma vara de amieiro) durante 30-40 minutos;
5. Entretanto alguns grupos maceravam ervas aromáticas, canela, coco e obtiam raspa de citrinos, para obtenção de essências;
6. As essências (e em muitos casos os próprios materiais que lhes deram origem) eram adicionadas à mistura aquando da enformagem.
Ao mesmo tempo que a decorria decorria no interior do Espaço PROVE, no exterior o Alberto Marimba e o Rúben Carminé fizeram uma demonstração do potencial da bomba de aríete que montámos no Domingo anterior, e que, nessa manhã, tínhamos submetido a vários ensaios no Açude do Camões, na Ribeira de Senteais.
Com esta oficina, conseguimos fazer uma quantidade muito razoável de sabão e sabonete a partir de um resíduo - o óleo usado - e usando resíduos como ferramentas no processo de fabrico. Para muitos dos presentes, foi um processo de aprendizagem que contribuirá para reforçar a sua resiliência familiar. Foi também um exercício de reconstrução da comunidade, e um espaço para troca de conhecimentos.
As imagens que aparecem no vídeo que pode ser visto abaixo foram obtidas pelo António Cobeira, que veio de Matosinhos para participar nesta oficina e conhecer o movimento Paredes em Transição, e que, esperamos, venha a ser um dos fundadores do futuro movimento Matosinhos em Transição, como é o seu desejo. Também foi o António que, espontaneamente, editou o vídeo, o que muito agradecemos.
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