Foi um evento memorável, para mim e estou certo de que para os outros 299 participantes provenientes de vários países. Foi refrescante confirmar que há por aí uma enorme comunidade de pessoas que partilham as nossas preocupações e que se estão a mexer para criar um futuro melhor.
O objectivo da conferência era juntar várias pessoas envolvidas em iniciativas de transição um pouco por todo o mundo, de modo a que tivesse lugar uma troca de experiências e juntos pudéssemos pensar o futuro do movimento de transição.
Passei por sentimentos contraditórios de orgulho e algum desconforto por ser o único representante do nosso país na conferência. Muitas vezes as pessoas abordavam-me a perguntar como ia o movimento de transição em Portugal, mas não tinha muito para lhes dizer. Ainda somos tão poucos! Por outro lado, temos um território virgem à nossa frente, e muito, muito trabalho que precisa de ser feito. A recompensa poderá ser a criação de comunidades onde poderemos criar os nossos filhos num ambiente que faça desabrochar o melhor que há neles, e não o contrário.
Em franco contraste com Portugal, o Brasil estava muito bem representado, com 9 participantes, incluindo um grupo de 6 pessoas que celebraram o primeiro aniversário do movimento no país com a participação na conferência. Foram criados bons laços entre os dois grupos (entenda-se o grupo deles e eu) e estou certo que poderemos aprender muito com a experiência deles. Temos amigos do outro lado do Atlântico prontos para nos ajudar.
Deixo aqui o video do primeiro dia da conferência, da autoria do Emílio Mula e da Sara Hammond, do Nu-Project, baseados em Totnes, onde, entre imagens dos vários eventos que decorreram nesse dia, e dos testemunhos de alguns participantes, Rob Hopkins, criador do conceito "Comunidades em Transição", explica os objectivos da conferência.
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