A Primeira entrada…
O blog “Paredes em Transição” tardou em ver a luz do dia, e esta primeira entrada chega um pouco atrasada, mas dado que nos encontramos em plena quadra dos Santos Populares, não podemos deixar passar a oportunidade de partilhar esta experiência (e já verão porquê).
De acordo com um dos objectivos do movimento Paredes em Transição, que é incentivar as pessoas a cultivarem parte dos alimentos que consomem, iniciámos, há pouco mais de dois meses, o processo de criação de uma horta no nosso terraço. Esta entrada descreve as nossas tentativas, erros e sucessos.
Como um dos objectivos da experiência era conseguir produzir alimentos a baixo custo, usámos caixas de esferovite que nos foram cedidas na peixaria, que de outro modo iriam parar ao lixo. O custo das caixas: zero. Dada a quantidade de sardinha que se consome nesta quadra dos Santos Populares, estas caixas podem ser obtidas facilmente.
No início, tivemos que descobrir o balanço correcto de luz e sombra que as plantas necessitavam. Algumas acabaram por murchar, mas a esmagadora maioria sobreviveu e desenvolveu-se muito bem. Descobrimos uma das grandes vantagens das caixas de esferovite: permitem uma fácil e rápida reorganização do espaço.
Os pardais também descobriram os atractivos da nossa horta, e tivemos que recorrer a soluções para os desincentivar a transformar uma bela alface num talo desprovido de folhas.
Cada caixa contou com um cravo-túnico. Emprestam o colorido ao conjunto e são, supostamente, tóxicos para alguns nemátodos que parasitam as plantas.
A colecção de plantas aromáticas e condimentares já contava com oregãos, salsa, salva, tomilho, segurelha e cebolinho. Apenas a segurelha mostrou problemas de desenvolvimento.
Alfaces, acelgas, etc... 30 de Maio...
Alfaces, acelgas, etc... 21 de Junho.
A experiência tem sido proveitosa, e uma fonte de satisfação quer para nós, quer para a nossa filha. Nada como confeccionarmos uma salada com uma alface e um rabanete colhidos minutos antes. Oregãos, salva, salsa e coentros frescos têm servido para condimentar inúmeros pratos.
Acima de tudo, tem sido uma curva de aprendizagem para todos nós, e ainda há muito para vir!
Serve ainda para demonstrar que com alguma imaginação se consegue criar uma horta produtiva em pouco espaço e com muito pouco dinheiro. A maioria das plantas e sementes proveio de trocas com amigos e, curiosamente, foi a terra - comprada a saco - a componente mais onerosa deste projecto.
Tem valido bem a pena! Porque não tentar você também?
1 comentário:
Nós também temos uma horta. Dá jeito para as sopas do Filipe, porque sabemos exactamente o que ele come... É só produtos saudáveis, plantados e regados com o amor do papá... A mãe toma conta do bebé enquanto o pai trabalha na lavoura... por isso também colabora!
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